tag:blogger.com,1999:blog-54299997371268127852024-02-18T19:29:21.210-08:00Psicóloga Jéssica HorácioBlog com conteúdo informativo relativo à psicologia, saúde e qualidade de vida.Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.comBlogger82125tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-39409400127084351192020-10-10T15:36:00.002-07:002020-10-10T15:36:18.280-07:00Hei, como é que você foge da solidão?<p> </p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Você sabia que a intensidade do desejo de agradar as pessoas
será proporcional ao medo da solidão? Pois é, existe inclusive uma frase que
diz mais ou menos assim: "Quando eu sou quem você quer que eu seja eu já
não sou mais eu inteira, mas sou somente uma parte de mim que teme a solidão".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Faz sentido para você?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na tentativa de aplacar a repetição de uma história dolorida
de rejeição que ficou no nosso passado, desenvolvemos uma estratégia, é o
famoso mecanismo de defesa que a psicanálise nos presenteou. Nós vestimos a
máscara da polidez, passamos a ser extremamente disponíveis, dispostos,
agradáveis e sem vontade própria. E se essa máscara em algum momento parece
realmente evitar o nosso contato com uma nova rejeição e solidão, então nós
confirmamos a ideia de que ela funciona e passamos a incorporar esta máscara ao
nosso armário. Para alguns esta máscara vira uma segunda pele que os acompanha
durante toda uma vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Evitar uma dor não significa sentir alegria. Evitar o
desprazer não é o mesmo que ter prazer. E te escrevo isso porque gostaria de te
ajudar a refletir que talvez você esteja vivendo somente para se poupar de
sentir dor e não percebe que esse movimento de super proteção consigo impede
que o prazer faça parte dos seus dias. Você pode até ter pessoas ao seu entorno
justamente por se cobrar a ser tão disponível e amável, mas, e quando todos vão
embora, o que você faz com a solidão que te habita?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A solidão quando decorrente de um trauma, é muito dolorida
porque geralmente está associada a uma situação de rejeição ou de abandono, foi
exatamente aí onde o mecanismo de defesa surgiu para nos poupar de acessar
novamente este trauma: "opa" vou ser bonzinho para não perder mais
ninguém!", mas honestamente, será que este mecanismo ainda funciona, e
mais, será que ele ainda é necessário?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quem sabe você deixou a sua identidade lá atrás e por isso
não reconhece mais a sua capacidade de lidar com algumas emoções e sentimentos,
talvez a sua identidade ficou congelada no momento daquele trauma, e desde
então você está caminhando com uma pseudo identidade, e se você quer saber o
real preço disso é só olhar para as suas relações. Pode estar faltando "eu
quero", "eu não quero", "eu prefiro", eu gosto",
"eu não gosto", "sai daqui", "vem aqui", "eu
mereço". <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Eu gostaria que você se desse a oportunidade de voltar algumas
casas atrás para entender onde a sua identidade ficou, e poder chorar ao olhar
para ela, gostaria que você sentisse compaixão por quem você se tornou, e
pegasse enfim todas as mágoas e tristezas e raivas acumuladas para resgatar
aquela parte sua que ficou presa no limbo traumático. Eu gostaria que você
fosse mais você, mas gostaria que você fosse por você e não por mim, afinal, se
agradar é uma novidade, já agradar o outro... essa é a sua especialidade, mas
não precisa ser mais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Busque ajuda psicológica para lidar com o medo da solidão, se
permita identificar em que momento o trauma aconteceu, e então elaborá-lo para
não mais viver temendo que ele ressurja.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></p>Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-6189562337777187292020-10-10T15:35:00.003-07:002020-10-10T15:35:37.771-07:00A linha tênue entre autocuidado e procrastinação<p> </p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Você
certamente já comeu uma sobremesa muito gostosa, tão gostosa que dava vontade
de repetir de novo. Mas ao repetir, sei lá, "do nada" ela ficou
enjoativa. A garganta começou arranhar e aí você percebeu que a experiência já
não estava mais sendo boa, ela de repente tinha se transformado em mal estar.
Linha tênue né? Pois é, eu poderia falar sobre como os excessos às vezes se transformam
em intoxicação mas talvez até aqui você tenha conseguido refletir sobre isto,
então neste momento quero conversar com você sobre desconhecer os próprios
limites, as próprias satisfações, sobre não ter uma boa relação com o seu termômetro
físico e emocional.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Gente,
como fazer escolhas às vezes se torna um processo extremamente difícil e
amedrontador, nestas vezes parece tão mais fácil ouvir alguém e atender
exatamente o que este alguém nos diz, né? "O que você acha que eu devo
fazer?" - Esta é uma pergunta que eu costumo ouvir nos primeiros
atendimentos - nos primeiros porque no decorrer do processo terapêutico<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o paciente vai percebendo que não dou
respostas porque simplesmente não tenho este direito, somente ele tem. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">"Será
que eu estou me poupando de estresse ou será que estou procrastinando algo que
eu preciso fazer?" Eu honestamente não sei responder esta questão, mas eu
posso te fazer outras para que você pense um pouco sobre si: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Qual a sua condição emocional neste exato
momento?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O que o seu corpo está pedindo?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quais as consequências de atendê-lo?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Depois da satisfação que seu corpo está
pedindo, você poderá novamente perguntar para si qual a sua nova condição
emocional?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
insatisfação crônica aparece quando a pessoa não aceita o fim daquilo que é
prazeroso e por não aceitar, quer sempre mais, e assim fica completamente
dependente dos prazeres para viver, ela se torna refém dos próprios desejos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Contar
com o desejo para realizar algo que estabelecemos como importante ou necessário
para a nossa vida - mesmo que a satisfação venha a longo prazo - é bastante
arriscado e até mesmo infantil. Não pegue esta última palavra com uma conotação
pejorativa, pois, só quero te dizer que é a criança que faz do desejo o seu
mestre, é ela que conta com ele para <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>emocionalmente se movimentar na vida. Não, o
desejo não vai aparecer sempre e ele também não regerá as nossas escolhas o
tempo inteiro, até porque não é necessário. Podemos fazer escolhas que estão
ligadas a outros correspondentes emocionais desde que essas escolhas combinem
com o que queremos para nós.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
como descansar, o bem estar só aparecerá porque descansamos, ou seja, porque
estivemos cansados e o ato de descansar aliviou a nossa fadiga. O descanso só
tem efeito reparador quando há cansaço. E para que haja cansaço é necessário
ter um movimento em prol do esforço e que nem sempre virá atrelado ao prazer
imediato.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quem
sabe você a partir da leitura deste artigo, possa se perceber mais no seu dia a
dia para identificar qual a linha que separa o seu autocuidado da
pocrastinação, talvez você até já saiba e apenas precisa assumir
conscientemente quando está em contato com um ou com o outro.<o:p></o:p></span></p>Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-53727133452364427992019-06-07T15:04:00.001-07:002019-06-07T15:04:56.859-07:00Culto ao esforço<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT-BR;">Se você tiver a oportunidade, pergunte aos seus
pais e avós como era a qualidade de vida deles quanto tinham a sua idade.
Escute a história que eles têm para contar, observe as prioridades deles na
época, os objetivos de vida que tinham, as preocupações e valores morais que
faziam parte do seu dia a dia. Pergunte também sobre as condições físicas,
financeiras, emocionais e culturais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT-BR;">Dentro do desenvolvimento saudável do ser humano, é
necessário que em um dado momento da sua infância ele consiga se distinguir da
mãe e do pai. Quando essa desfusão não acontece o indivíduo cresce acreditando
que o jeito de viver dos pais é o único no mundo e que portanto, é o seu também,
ele constrói então uma simbiose relacional onde ele e o pai ou a mãe são a
mesma pessoa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT-BR;">Então, se este processo não aconteceu naturalmente,
quando adultos podemos conhecer a realidade dos nossos familiares para nos
ajudar a separar a história deles da nossa. Há pessoas que carregam por
gerações a fio uma crença que é altamente prejudicial para os dias atuais, mas
que por nunca ter sido questionada, acaba se tornando uma regra fixa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT-BR;">A valorização do trabalho e dos esforços para conquistar
coisas, espaço e poder demonstram esta situação sistêmica. Ás vezes existe uma
identificação tão intensa com a história passada dos próprios familiares que a
pessoa sem perceber, acaba reproduzindo o mesmo modo de viver de alguns membros
da família: buscam os mesmos empregos, os mesmos salários, a mesma satisfação
ou insatisfação, e até mesmo os mesmos desgastes físicos, mentais e emocionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT-BR;">Algumas pessoas relatam:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT-BR;">“Mas
eu aprendi com o meu pai a viver pro trabalho”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT-BR;">“Mas
a minha mãe disse que descansar é coisa de vadio e de quem não quer nada com a
vida”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT-BR;">“É
como a minha família sempre diz: 'Agora é a hora de eu produzir e render pra um
dia poder descansar na velhice'”...<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT-BR;">Neste sentido, há famílias que cultuam o esforço e
o sofrimento no meio profissional, nem se questionam sobre o porquê, até porque
acreditam que sofrimento e trabalho estão ligados sendo impossível quebrar esta
relação. São pessoas que aprenderam a viver somente para suprir as<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>necessidades mais primitivas da vida, e que
precisaram negligenciar as próprias emoções em prol da sua existência. Não
podiam sentir medo, sono, cansaço porque a vida exigia pressa e produtividade,
logo, tiveram que inconscientemente bloquear os seus sentimentos e viver como
se fossem máquinas. E mesmo que os anos se passem, continuam vivendo desse
jeito: se culpam por descansar, quando pegam férias se cobram, sentem vergonha
de admitir as suas vulnerabilidades, desenvolvem crises de ansiedade e adoecem
quando param de trabalhar...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">E então aquela crença de que "um dia vou
descansar" não se concretiza uma vez que não se aprendeu a descansar, não
se autoriza a sentir prazer e ter momentos de lazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
por isso que te questiono: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Qual o sentido
que a vida profissional tem para você?, e este sentido, foi você quem criou ou
ele foi construído por alguém que não é você?</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se
apropriar dos nossos objetivos na vida é uma forma de fortalecer a nossa
identidade e obter mais satisfação no nosso dia a dia, é dessa forma que
conseguiremos separar a nossa história de vida daquela que nossos familiares
tiveram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Então,
te sugiro refletir sobre a possibilidade de viver para além do trabalho, em
construir outros papéis na sua vida tão importantes quanto o de profissional. A
qualidade de vida é conquistada quando permitimos que cada área da nossa vida
tenha uma representação saudável e compatível com a realidade: ser pai, mãe,
profissional, amigo, filha, neto, estudante, merecem espaço na nossa história,
e podem nos abrir um novo mundo de possibilidades e, de crenças, porém agora, autorais,
personalizadas por nós mesmos e com base nas nossas próprias experiências.<o:p></o:p></span></div>
<br />Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-74099495671942552252019-05-05T06:33:00.002-07:002019-05-05T06:33:35.623-07:00Psicoterapia pelo bem da nossa saúde emocional<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Gosto de perguntar ao paciente que me procura se é a primeira
vez que ele faz psicoterapia e o que sabe sobre o processo terapêutico, é uma
forma de compreender como ele lida com a sua saúde mental e se possui alguma
crença errônea sobre o trabalho terapêutico. Algumas pessoas vem tímidas ao
consultório, aparecem inseguras, desconfiadas... Mas ao longo da psicoterapia revelam
frases como: "por que eu não iniciei antes?", "Tô falando pra
todo mundo vir fazer terapia", "Há um tempo atrás eu faria totalmente
diferente", "Como não enxerguei isso antes?", "Sou uma nova
pessoa"...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A Declaração dos Direitos Humanos defende a ideia de que a
saúde é um direito universal, contudo, algumas políticas governamentais não
facilitam o acesso à ela, principalmente no âmbito da saúde mental. A exigência
social em torno do poder e sucesso, imediatismo e baixa tolerância à
frustrações contribuem para o desenvolvimento dos transtornos mentais e, sem um
suporte psicológico e psiquiátrico, o agravamento de quadros psicopatológicos
aumenta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O ser humano não é uma receita de bolo única, nem um robô que
tem a mesma programação. Somos únicos e por isso, complexos. É por isto que oferecer
métodos universais de cura para o sofrimento psíquico é altamente perigoso. A
psicoterapia então se faz necessária porque é através de uma ciência que estuda
o comportamento humano (psicologia) que é possível respeitar e compreender a
singularidade de cada indivíduo oferecendo o tratamento adequado de acordo com
cada história de vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cada ser humano que senta em frente ao psicólogo, está
carregando consigo um passado repleto de dores e amores, o que ele fala não é necessariamente
o que ele diz, as palavras nem sempre conseguem traduzir a dor ancorada naquele
corpo, mas, o profissional da psicologia clínica possui capacitação para ouvir
o que não é dito e oferecer uma intervenção importante para aquilo que ficou
nas entrelinhas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na correria do dia a dia não paramos para refletir sobre as
nossas ações, nem para prestar atenção no nosso corpo, muito menos nas nossas
emoções. A alta demanda de trabalho, as cobranças sociais em torno de um
"dar conta de tudo", os preconceitos e julgamentos muitas vezes
impossibilitam a espontaneidade das pessoas, gerando seres automáticos e
engessados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas, como conseguiremos colocar a vida em movimento se não
dermos atenção para aquilo que nos orienta? Não é possível trabalhar com
qualidade se nossas emoções estão conturbando nossa forma de pensar e agir. É
por isso que se conhecer se faz necessário, o autoconhecimento proporciona
tomada de consciência do próprio funcionamento. Costumo dizer que quando
entramos em um processo terapêutico passamos a descobrir qual o é o mapa da
nossa vida, vamos conhecendo cada caminho, identificando atalhos, percebendo os
becos sem saída. E decidindo caminhar pelo roteiro que mais combina com os
nossos objetivos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A psicoterapia não oferece respostas prontas, nem soluções
para problemas. Mas ela oferece recursos para ajudar cada paciente a descobrir
e construir as suas próprias respostas, desenvolver resiliência e se
reconciliar com a sua história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Não espere sofrer para reconhecer a importância de cuidar do
seu eu, o autoconhecimento pode iniciar mesmo que não exista uma dor
dilacerante. Você não tem que dar uma chance para a psicoterapia, você precisa
dar uma chance para a sua saúde emocional, para você.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<br />Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-70323745610245274352019-05-05T06:32:00.001-07:002019-05-05T06:32:47.779-07:00Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estamos na era das fake news: onde a mentira é utilizada para
chamar a atenção. Você já percebeu o quanto estamos carentes de olhares a ponto
de precisarmos construir uma mentira para sermos vistos? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Criamos, fantasiamos, inventamos algo que não é real no
concreto mas sim na nossa imaginação e que serve de marketing ou chamariz para
uma mente tão carente como a nossa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mentimos para ganhar atenção, para sermos vistos com
admiração: a gente aumenta e inventa, mentimos pra ganhar e para não perder:
para ganhar o amor de quem queremos conquistar, e para não perder a admiração
daquela pessoa de quem ainda necessitamos de aprovação e que se descobrisse a
verdade rejeitaria profundamente as nossas escolhas, mentimos para negar a
realidade que nos causa dor. Mentimos porque em algum momento aprendemos que
mentir funciona, que causa algum efeito. Até ser descoberta.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas será que as piores mentiras realmente são aquelas que
escondem do outro o direito de saber a verdade ou se é aquela que contamos a
nós mesmos?</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É que quando deixamos de prestar atenção em nós mesmos,
acabamos não percebendo o nome de cada emoção ou sentimento que habita em nós.
É assim que nos afastamos de quem verdadeiramente somos para nos aproximarmos
de quem achamos que devemos ser. Queremos tanto agradar o outro que sem
perceber nos desagradamos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Vale a pena refletirmos: Será que se tivéssemos carinho e
atenção de qualidades precisaríamos construir falsas notícias para sermos
vistos? As fake news trazem suas consequências, muitas vezes desastrosas, mas
elas são sintomas de uma sociedade carente e entediada que não aprendeu a lidar
com a falta, que não sabe reconhecer o limite entre a carência e a tragédia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por isso hoje tente perceber qual a maior mentira que você
insiste em contar pro outro e principalmente, para si. Observe as consequências
deste faz de conta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Que possamos descobrir as mentiras que se abrigam nos cantos
escuros da nossa mente, e que saibamos fazer as pazes com o que ali
encontrarmos, de verdade.<o:p></o:p></span></div>
<br />Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-46960667816058999602019-03-31T05:25:00.002-07:002019-03-31T05:25:10.100-07:00Foi a vida que te esqueceu ou foi você que se vitimizou?<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma das
piores dores é a de se sentir excluído, você provavelmente sabe do que eu estou
falando. Parece que todo mundo tem o seu lugar no mundo menos você que se sente
um ser à parte, um ponto fora da curva, uma pessoa completamente deslocada,
negligenciada, esquecida. “Todo mundo” está feliz - você pensa. “Todo mundo”
está se divertindo - pelo menos é o que você vê nas suas redes sociais.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br />
<br />
<span style="background: white;">E é assim que você começa a questionar a sua
própria vida, a criticar as suas escolhas, a se diminuir pelo fato de
simplesmente ter uma vida diferente daquela que os outros aparentam ter. Você
generaliza a felicidade alheia para intensificar a sua miséria, você usa de
fragmentos de uma rede para condenar a sua própria vida, e talvez nem perceba
mas cada vez que faz isso mais você se vitimiza diante da vida, como se o
universo estivesse à favor de todos exceto de você.</span><br />
<span style="background: white;">E sim, pode ser que realmente as pessoas que
você acompanha nas redes sociais estejam felizes, estejam se divertindo de
verdade, aproveitando a vida. Mas essa é a vida que elas estão escolhendo,
construindo, e você, o que está fazendo com a sua oportunidade de viver?</span><br />
<br />
<span style="background: white;">Por que tanto desprezo por si? Quando foi que
você aprendeu a hipervalorizar as conquistas do outro e diminuir as suas? É que
não estamos falando somente de conquistas, estamos falando de valorizar as
próprias experiências, valorizar a sua própria vida.</span><br />
<br />
<span style="background: white;">Parece que aí dentro de você mora um indivíduo
sabotador: que faz questão de olhar para os lados pra rejeitar o que está bem
debaixo do próprio nariz. Isso te lembra alguém?</span><br />
<br />
<span style="background: white;">Pois é, deve ter sido muito dolorido receber um
dar de ombros quando se queria ganhar um “parabéns”, deve ter sido muito
frustrante receber um “não fez mais que a sua obrigação” quando na verdade você
queria só um abraço de orgulho e admiração, e pra não viver toda essa dor
novamente seu inconsciente aprendeu a esquecer de si e olhar somente para o
outro, foi assim que você se tornou um cobiçador da vida alheia.</span><br />
<br />
<span style="background: white;">Você não precisa dar continuidade nesse
aprendizado arcaico e infantil. Sabia disso? As vezes quem te ensinou, não
sabia que também podia olhar para si e se admirar. Ou ainda, não sabia da
importância de estimular alguém a olhar para si... E embora tenha doído muito,
hoje você pode reconhecer esta dor de forma adulta e buscar recursos para lidar
com as ausências do passado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Você pode
interromper este ciclo, pode começar a se apropriar mais dos dias, horas,
minutos que existem a sua disposição. Pode se permitir construir experiências
que combinam com a sua identidade, pode se lançar para novas possibilidades e
sim, se lhe for oportuno, também compartilhar nas redes sociais a sua
felicidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O mundo não
é só para os outros, o mundo é para você também. <o:p></o:p></span></div>
<br />Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-78129420367003221942019-03-31T05:24:00.002-07:002019-03-31T05:24:29.945-07:00Não fez mais que a sua obrigação?<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Eu
poderia sintetizar este texto utilizando a metáfora do copo: há pessoas que o
vêem meio cheio, outras, meio vazio. O que muda não é objeto observado, mas sim
a forma como se observa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
duvidoso pensar que alguém goste de ser pessimista, que obtenha prazer e até
mesmo qualidade de vida vendo a vida sob a ótica da negatividade, do menos, da
escassez. É interessante porque atualmente os livros de autoajuda são os mais
vendidos no mercado, mas são também aqueles que após lidos geralmente vão parar
em uma gaveta e ficam completamente esquecidos. Não é porque eles não oferecem
bons conteúdos, mas é porque eles funcionam para quem já tem a tendência em
olhar a vida pelo prisma do otimismo. Quem desconhece esse jeito de viver
poderá até se esforçar para seguir as tarefas que os livros sugerem, mas terão
que lutar contra seus monstros internos que os pede constantemente para
continuar vendo o copo meio vazio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As
pessoas que trazem este olhar pesado e até mesmo preto e branco sobre a vida
possuem um caso íntimo com o perfeccionismo. Qual a relação? Quanto mais
metódicas e exigentes consigo, maior a tendência em verem defeitos em si e no
mundo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Geralmente
elas só se darão conta do quão doloroso é o próprio funcionamento quando
receberem críticas: "Você é uma pessoa amarga", "...ranzinza,
amargurada", "...está sempre de cara fechada, insatisfeita,
emburrada". E também quando se compararem a outras pessoas que demonstram
maior flexibilidade e gratidão para com a vida, aí se questionarão: "o que
há de errado comigo?"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como
aprenderam desde muito cedo a serem perfeitas, acreditam que a busca pela
perfeição é o único jeito de viver. Porém não se dão conta que o problema não
está nas imperfeições que a vida apresenta, mas sim na busca delas por este
ideal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
interessante porque a sociedade capitalista reforça este padrão de perfeição, e
contraditório porque esta mesma sociedade cultua através da arte, lugares e
personagens aquilo que foge do padrão. A Torre de Pisa é um exemplo, milhares
de pessoas visitam anualmente a torre torta na Itália para vê-la, tirar foto
com ela; não muito longe temos em Gramado - RS, a famosa Rua torta que atrai
centenas de turistas diariamente. Lady Gaga também representa este ponto fora
da curva, uma cantora que faz do seu corpo uma tela para aquilo que quer
representar rejeitando os padrões estereotipados para a sua profissão. Ou seja,
parece que nós precisamos cultuar o que é imperfeito para mantermos a ilusão de
que somos perfeitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As
consequências disso são dolorosas do ponto de vista emocional: não reconhecemos
os nossos limites, nos frustramos com muita facilidade, resistimos a mudanças,
rejeitamos as adaptações, ficamos irritadiços quando algo não dá certo como
idealizamos, não desenvolvemos resiliência, nos tornamos pessoas
"emburradas".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E
é necessário se dar conta dos prejuízos individuais que a ação de ver o copo
meio vazio traz, é preciso identificar a dor da própria imperfeição para
aprender a lidar com ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Então
eu te lanço alguns desafios de autoconhecimento:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">se olhe no espelho e perceba como você
costuma se enxergar (com críticas ou com elogios); <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">reflita: quando você não consegue conquistar
algo que quer, o que passa pela sua mente a seu respeito?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">quando alguém próximo te presenteia, você se
sente grato por isso ou acha que a pessoa não fez que a obrigação dela?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
psicoterapia provoca questionamentos fundamentais para que a tomada de
consciência ocorra, mas sobretudo, ela oferece suporte para que o indivíduo
faça contato com a dor de nunca ter sido considerado bom o suficiente. É
através deste processo interno que a mudança real ocorre. Procure um psicólogo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-7999282831645980752019-01-23T08:19:00.001-08:002019-01-23T08:19:19.287-08:00Você aproveita o que já conquistou ou vive buscando aquilo que não tem?<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quem nunca deixou de ver o que estava diante dos próprios
olhos justamente porque estes estavam voltados para o que era distante?</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br />
<span style="background: white;">Você já se perguntou quantas oportunidades
bonitas passaram e passam diante de você mas que não são percebidas ou
valorizadas porque você está almejando aquilo que ainda não tem ou que não pode
ter? Parece que às vezes queremos o impossível, né?! O que está acessível, ali,
bem ao nosso alcance não agrada, não brilha os olhos, não traz frio na barriga.
Bom mesmo é se desafiar, é provar pra si mesmo que se tem o controle sobre o
que se quer... Mas, será mesmo? Será que esta é a única forma de se obter
satisfação?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ás vezes aprendemos que a vida é uma eterna busca e que pra
vivermos temos que buscar constantemente algo para nos preencher. Isto até pode
ter feito sentido em algum momento de extrema necessidade em que não parar de
lutar era primordial para a manutenção da vida, mas será que hoje ainda faz
sentido dentro da sua história de vida?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Algumas pessoas relatam que não aprenderam a descansar, que
só sabem viver quando tudo está um caos, afinal, foi através disso que se
construíram. Pode parecer fácil, mas não é: algumas pessoas precisam aprender a
descansar e usufruir do que já conquistaram. A tensão corporal é uma
companheira permanente dessas pessoas, a ansiedade as visita constantemente e a
insatisfação é quem abre as portas da casa para esta turminha emocional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cabe então refletirmos e nos questionarmos: até quando vamos
romantizar o esforço que fazemos e principalmente a dor que sentimos enquanto
lutamos para conquistar algo? Os esforços são necessários quando se está diante
de algo vital ou que traz importante significado para a nossa vida, mas quando
eles se tratam apenas de provar para si e para o outro que se é capaz, quando
eles representam dificuldade de lidar com frustrações e falta de controle, aí
precisam ser repensados e deixados de lado. Nestes momentos é que vale a pena
olhar para o lado e ver o que já se conquistou e o que se pode fazer com isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Perceba que talvez neste momento a pessoa que está te dando um
colo não tem os olhos da cor que você idealizou, não fala docemente, não tem
todos os “dotes” que você aprendeu a valorizar; mas ela está aí e, por mais que
não se encaixe no seu desejo de amor conjugal, pode te oferecer o colo que é o
que tanto você busca naquela pessoa que simplesmente não está nem aí pra você. </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Pra que então pegar o telefone nas mãos e visualizar de hora
em hora na busca de um sinal de um outro alguém se neste momento tem alguém aí
ao seu lado para conversar, te ouvir, te dizer? Usufrua do que é seu por
direito, por mérito, por você existir, e avalie se você está aproveitando as
oportunidades a seu favor. Aprenda a viver com o que você tem, se permita usufruir
daquilo que você conquistou simplesmente por existir.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-27757354664676064872018-11-25T11:22:00.003-08:002018-11-25T11:22:51.963-08:00Inadequação: a dor de não fazer parte<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sabemos
que nós seres humanos somos diferentes um dos outros e que aquilo que cabe para
o outro não precisa necessariamente caber para nós. Isso vale para roupas,
sapatos, pessoas, lugares... Mas apesar de sabermos disso, você já percebeu que
ainda em alguns momentos insistimos em pertencer a um lugar que não combina com
a gente? Bem, geralmente nem nos damos conta disso e é aí que o sofrimento
psíquico começa a acontecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
que embora compreendamos racionalmente esta lógica da vida, nossos sentimentos
não conseguem acessar este conteúdo racional. É necessário então falar com
estes sentimentos numa linguagem compatível com eles. A razão pede realidade,
os sentimentos pedem elaboração. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cada
experiência de exclusão, rejeição, humilhação, inadequação, pode intensificar
crenças internas a respeito de si e da vida. Se o outro está rodeado de amigos
e eu estou sozinha é porque ele é uma ótima companhia e eu não. Se a maior
parte do meu círculo social se diverte em festas e eu em casa assistindo filme,
logo me sinto inadequada e com isso intensifico alguma crença negativa a meu
respeito e acabo enaltecendo os outros. Estes sentimentos tem origem no decorrer
da infância e são oferecidos à criança através das suas primeiras relações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando
as diferenças são classificadas entre certo e errado, boas ou más, surge a
baixa autoestima que acaba exigindo que nos adaptemos àquilo que o outro vive,
afinal, é ele quem nos classificou como ruim, logo, ele é que é bom. Com o
tempo não precisamos mais que alguém nos classifique, nós mesmos internalizamos
o nosso rótulo negativo e passamos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a nos
orientar através dele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Às
vezes por termos uma rígida obstinação nem percebemos que o lugar ou as pessoas
não combinam com quem somos, e é aí que o corpo vai dando sinais para sairmos
daquele espaço: o desânimo aparece, as pernas quase ganham vida própria de
tanto que se debatem, o coração acelera, ficamos ofegantes e impacientes. Porém
nem sempre a mente entende estes recados, e por ver que todos estão
confortáveis ali, exigimos o mesmo de nós, afinal, quem deve estar com algum
problema sou eu já que todos estão felizes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
problema não está somente na tentativa de pertencer, mas nos sentimentos que a
não concretização deste desejo suscita e nas crenças que estes sentimentos
reforçam e que por fim acabam orientando uma vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando
as dores da inadequação surgem cabe conversar com os próprios sentimentos,
perguntar à eles o que precisam para cessarem. As respostas podem variar mas a
base de cada uma delas será: pertencer. É neste momento que é necessário ir ao
encontro daquele lugar que é seu, que tem a sua essência, que te toca e te traz
conforto e confiança. Este pertencimento pode ter qualquer nome, pode ser uma
pessoa ou um lugar, pode ser só ou com alguém, mas é neste lugar que a sua
identidade precisa ser resgatada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
sensação de ser inadequado ou estranho pode ser resultado de você não combinar
com o ambiente em que está tentando se inserir, de você estar se forçando a ser
alguém que não é. O resultado não tem como ser diferente, não tem como
desenvolver intimidade com algo com o qual não se identifica. Então faça as
pazes com o seu eu, aprenda a ver as diferenças como singularidades e não como
polaridades entre bom e mal. Construa o seu próprio lugar e assim não precisará
caber em todo e qualquer ambiente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Está
tudo bem em não gostar de tudo e em não se identificar com o que é considerado
"bom", há vários outros espaços bons que combinam mais com a pessoa
que você é. Descubra quais são eles e se aproprie do que te toca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-29337509321060763022018-11-25T11:22:00.001-08:002018-11-25T11:22:18.522-08:00Medo do fim<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“A bateria
do celular vai acabar, preciso parar de usá-lo.”</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“E se o
dinheiro acabar? Preciso poupar.”</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br />
<span style="background: white;">“Mas essa comida vai ser pouca, nem vou comer.” </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Você se identifica com estas frases ou conhece alguém que tem
o hábito de não viver o hoje? Para muitas pessoas reconhecer o fim independente
do que, é extremamente doloroso, tanto que passam grande parte da vida negando
a finitude de ciclos. É pelo medo de perder, acabar, recomeçar, que buscam
poupar, economizar, deixar de fazer algo, para evitar este contato com o ponto
final. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Contudo, sem se darem conta, acabam perdendo o contato com a
vida pois barram as experimentações que o uso de algo pode trazer. A ansiedade
costuma ser uma companheira de pessoas que possuem este padrão de
funcionamento, parece que precisam ficar sempre alertas para não perderem nada.
Nas relações costumam fazer testes para se certificar de que a pessoa com quem
estão se relacionando ainda está presente e interessada pela relação.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando alguém diz, pensa e sente essas frases,
inconscientemente está dizendo que tem medo de viver porque em algum momento
irá morrer. É então que entram num processo de evitação do fim. Isso pode se
tornar tão crônico que poderá perpetuar em todas as áreas da vida da pessoa:
poupa dinheiro, evita entrar em relacionamentos, diz "não" para as
oportunidades que surgem, não se permitem usufruir de algo que gostam por medo
de acabar e terem que lidar com a perda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">"É tão bom, pena que acaba" - dizem. Mas será que
não é justamente por isso que é tão bom? É através da possibilidade do fim que
as situações ganham uma dimensão importante, podem ser valorizadas, almejadas,
esperadas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Essa ânsia de
perpetuar prazer para não fazer contato com a dor da perda - frustração, só
afasta o indivíduo daquilo que faz a vida ter sentido que é o movimento do
ciclo vital: início, meio e fim. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É importante cuidar e ser responsável pelo o que se tem, mas isso
não precisa ter a ver com se privar ou evitar. Ao invés de tentar evitar a
perda, pode ser mais interessante aprender a se satisfazer com a vida apesar
dos seus altos e baixos - ganhos e perdas, e consequentemente lidar com aquilo
que não foi feito pra ser eterno. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Então se aproprie dos ciclos, e reveja se você está se
permitindo viver cada etapa que os envolve. A vida é início, meio e fim e cada
fase depende uma da outra para que o movimento aconteça. Não boicote seu ciclo.
Aceite a vida. Não permita que a dor da perda te impeça de construir novos
começos.<o:p></o:p></span></div>
<br />Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-56789075941185408272018-11-25T11:21:00.003-08:002018-11-25T11:21:50.849-08:00O que você quer nem sempre condiz com o que o outro sente<br />
<div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Nem lembro quantas
vezes já mencionei esta frase em consultório. Muitos pacientes precisaram
ouvi-la ao longo do seu processo terapêutico apesar é claro, das singularidades
que regem cada terapia. Mas é necessário porque embora seja uma questão lógica,
muitas pessoas apresentam dificuldade de aceitar que se relacionar implica em
viver incompatibilidade de pensamentos e sentimentos em algumas situações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Mas muito além de
saber que cada ser humano é diferente, é necessário falar com o sentimento que
surge através desta realidade, afinal, não é porque a mente entende que as
emoções e os sentimentos se dissiparão. Algumas dores que podem surgir diante
da falta de reciprocidade são:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
frustração de não ter a resposta que esperou, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">a
impotência de ver a pessoa amada indiferente às manifestações de amor, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">a
dor da rejeição de não receber a aprovação que queria , <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">a
injustiça de perceber o quanto investiu pra se fazer visível, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">a
raiva de não ter o que julga ser seu por direito ou por perder o controle que
se julgou ter...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A ausência de
reciprocidade mexe com sentimentos muito primitivos que costumam ser o nosso
calcanhar de Aquiles, aquela parte que tende a ser escondida justamente por ser
altamente dolorosa e vulnerável. Esta dor pode mudar de intensidade ao longo da
vida, mas ela sempre carregará consigo um significado a partir da infância. É
por isso que tratar feridas envolve passar por um processo, é que é necessário
revisitar o passado ora através de lembranças mentais, ora através de sensações
corporais; para resgatar o conteúdo que ficou mal elaborado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Você já se perguntou
sobre o que consegue fazer com este "não" que recebeu? É que devido a
dor que ele promove, nem pensamos na hipótese de aceitá-lo, parece que se
fizermos isso sofreremos ainda mais. Só que não. A verdade é que sofremos
quando resistimos, quando aceitamos conseguimos desenvolver a habilidade de
sermos flexíveis e adaptáveis. E será que não é este um dos sentidos de se
viver em sociedade?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Não é porque você
recebeu um "não" que precisa negar o seu real desejo. Talvez você
possa deixá-lo ali num cantinho para que em um outro momento, em uma nova
oportunidade você o lance ao mundo e quem sabe, se satisfaça. Os
"não´s" não precisam ser o fim, eles são tão situacionais quanto os
"sim´s" que você recebe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Se permita chorar,
esbravejar, doer. Mas após a liberação das suas emoções, viva em prol da sua
saúde mental: aceite aquilo que você não pode mudar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph">
<br /></div>
<br />Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-76642836208653833282018-01-19T03:23:00.002-08:002018-01-19T03:23:43.432-08:00O que alimenta a sua zona de conforto?<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Com
frequência observo que no início de cada ano as pessoas fazem planos que
envolve sair da sua própria zona de conforto. O desejo de fazer diferente do
ano que passou é ás vezes tão intenso que a proposta de romper com as barreiras
que impediram a execução de determinada atividade até então são substituídas
pelas promessas de mudança. O que é extremamente saudável, afinal, toda
proposta de movimento que contribua para o próprio bem estar se torna sinônimo
de saúde e qualidade de vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Contudo,
ao se colocarem diante da execução do que se propuseram é comum o contato com
um grande sabotador de mudanças: o medo. Sim, a zona de conforto não é
construída por uma "preguiça" boba, ela é alimentada pelo
"monstro" do medo que entende que é melhor permanecer onde está e não
ter prejuízos desconhecidos ou maiores que aqueles que já tem, do que investir
em uma mudança e correr o risco de se deparar com um sofrimento novo, ou ainda,
com aquele sentimento que mais atormenta o indivíduo. Este sentimento é
completamente único, individual, singular. Para alguns há o medo de se sentir
humilhado, para outros existe o medo de se sentir sozinho, abandonado, há quem
tenha medo da frustração, de se arrepender, de não conseguir lidar com as
consequências que a mudança; efeito da conquista; exigirá. Cada indivíduo
mantém à sombra os seus medos com o intuito deles não aparecerem e estes medos
dizem muito sobre cada personalidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">"Neste
ano farei academia!", "Até o fim do ano vou viajar sozinha pro
exterior!"... E então se deparam com a timidez excessiva diante da ideia
de mostrar o próprio corpo para um professor fazer uma avaliação de treino, ou
com o medo de ter uma crise de pânico ao se perceberem dentro de um avião.
Apesar de todos os prejuízos que se tem evitando lidar com estes medos, existe
também o conforto de não ter que mobilizar o que causa dor emocional, é neste
momento que a famosa zona de conforto se instala e mecanismos para não sair dela
são construídos a nível inconsciente: "Eu não preciso de academia
mesmo!", "Meu chefe nunca me dá férias!"...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Isso
não significa que o desejo por estas conquistas desaparecem, ao contrário, ele
ganha força à medida que é negado à nível inconsciente, mas o que acontece é
que mesmo sabendo que muito da sua vida mudaria se conquistasse aquilo que
quer, o medo de transpor as barreiras impostas pelo medo é maior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Algumas
pessoas chegam a dizer que precisam se conformar que nunca conseguirão o que
querem, que não nasceram para isso, que precisam aprender a conviver com a
frustração de não ter uma parte fundamental para si. Parece para elas que não
há saída a não ser desistir. Mas, a própria desistência é uma questão de ganho,
então, é necessário fazer o oposto: começar a identificar os prejuízos em todas
as áreas da vida que se tem devido ao "monstro" que impede a execução
daquela promessa de ano novo específica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Entender
o que aquele medo em específico diz a respeito da própria história de vida é
fundamental para conhecer as restrições nas quais se aprendeu a viver. O medo
de mostrar o corpo e se sentir humilhado por alguém que o próprio indivíduo
julga "melhor" que si certamente influencia no seu trabalho, na sua vida
familiar, social... A questão de inferioridade talvez oriente outras áreas da
vida deste indivíduo, mas devido a ele ter encontrado recursos para mascará-la:
ser autônomo, ter amigos que solicitam muito da sua ajuda, cumprir as
expectativas familiares; faz com que não tenha que enfrentar este medo diretamente,
algo que teria que fazer na academia, por exemplo. Do mesmo modo ocorre com o
segundo exemplo: enfrentar o medo de se sentir sozinha em algo que ela
considera instável e ou perigoso, pode também refletir nas demais áreas da sua
vida: se cercar de pessoas sempre por perto, solicitar engajamento do outro
constantemente para não se sentir vulnerável, querer garantias de que terá
sempre uma relação para lhe dar suporte... Enfim, todos estes casos são
hipotéticos mas permitem esboçar de que forma o medo que alimenta a zona de
conforto do indivíduo reflete nas demais áreas da sua vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Então,
uma forma de lidar com o que amedronta é enfrentando aos poucos, com suporte,
dentro de uma linha própria de segurança, aqueles medos que orientam a nossa
vida mas que por questões de manutenção da saúde psíquica estavam afastados da
nossa consciência. Com isso é possível se aproximar aos poucos deles, sempre
com cautela para não causar traumas novos e intensos em cima daqueles que já
existem. Isto é feito em psicoterapia através de autoconhecimento e claro, da
vontade de mudar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sua
zona de conforto sente "fome", identifique de que ela se alimenta,
evite que ela cresça. Não permita que seus medos atrapalhem os seus sonhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-47943112156314459872018-01-19T03:22:00.002-08:002018-01-19T03:22:46.638-08:00E se a nova tendência for ser feliz?<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O que é que está na moda? Cintura alta, baixa, decote
profundo, gola alta, tom pastel ou talvez um neon...?</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <span style="background: white;">Mas, e se eu não me sentir bem vestindo aquilo que é
tendência? Se a calça alta apertar demais minha cintura a ponto de me trazer
desconforto? Ou se a calça baixa realçar aquela parte do meu corpo que não é a
das minhas preferidas?</span> <span style="background: white;">E ainda, se aquele
modelo de decote não for indicado pra minha anatomia mas for o que eu mais me
sinto confortável, e ou, bonita?</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A estética não surgiu ao acaso, ela é referência nas artes,
arquitetura, moda... Serve como uma forma de harmonizar um ambiente ou roupa
para torná-la mais aceitável para uma maioria de acordo com referências
culturais e históricas. Deve formar sugestões de conceitos, opções e hipóteses
a serem consideradas, mas jamais se tornarem regras universais a serem
seguidas.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br />
<span style="background: white;">Conceitos de certo e errado constituem pólos
opostos que estão presentes em tudo no mundo, e existem diversas teorias a
respeito: religião, capitalismo, moral... Contudo, quando falamos de
felicidade, precisamos selecionar não somente o que é considerado socialmente
adequado e excluir o que é inaceitável, mas sim substituir estes pólos pela
palavra saudável. Esta que consegue compreender a singularidade de cada
indivíduo e respeitar a sua própria história de vida, aquilo que o toca
sentimentalmente e que traz sentido para a sua existência.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Voltando à questão de estética, padrões e moda, sabe-se que
quando existe uma referência, há a tendência para a comparação uma vez que
seguir o que é aceitável socialmente promete trazer ganhos sociais: aceitação,
mais relações, inclusão, elogios... Ou seja, ao comparar-se àquilo que é
"correto", o indivíduo questiona o próprio valor e nega a sua própria
individualidade se tornando apenas mais um tentando ser igual. É deste modo que
sentimentos de inferioridade, autocobrança, menos valia e raiva do próprio
corpo se manifestam. Na tentativa de ser aceito o indivíduo acaba se negando e
construindo relações em cima daquilo que tenta ser mas, que não é. Assim surgem
sentimentos de insatisfação, inveja, sensação de que não é amado
incondicionalmente, existe sempre um vazio, uma falta que não se preenche até
porque o antídoto para ela não é o que agrada o outro mas sim o que agrada a si
mesmo.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Então, embora a mídia enfatize padrões e conceitos radicais
para fortalecer o marketing e girar o comércio, é fundamental que cada ser
humano ao invés de seguir o que é ditado, se questione primeiramente a respeito
do que realmente gosta e lhe faz bem, que contribui para a sua própria
aceitação.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br />
<span style="background: white;">Algumas pessoas brigam com seu próprio corpo, se
diminuem, desqualificam, repudiam quem verdadeiramente são, esquecem que o
corpo o qual habitam a seguem desde o ventre materno, que cada parte sua já foi
de uma criança cheia de sonhos, de fantasias onde tudo seria possível, onde
seriam amadas pelo o que se tornariam e não pelo o que vestiam.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por isso proponho uma atividade: pegue uma foto sua de quando
era criança, analise cada elemento da foto: expressão, postura, roupa, corpo...
Depois vá até um espelho e analise cada parte sua: seu olhar, seu sorriso, e
todos os outros elementos observados na foto.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <span style="background: white;">Perceba onde está aquela criança que merecia amor
simplesmente por ser uma vida. E tente encontrá-la dentro de si.</span> <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Você não precisa fazer tanto esforço para se sentir amada,
aceita, respeitada. Você somente precisa respirar fundo e querer bem a sua
morada, o seu corpo, afinal, é nele que você habitará para sempre.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Talvez
a nova tendência possa ser transformada naquilo que a faz feliz.<span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-75015032382516226062017-11-16T06:00:00.002-08:002017-11-16T06:00:53.198-08:00Você se ama tanto quanto ama alguém?<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Amor próprio não tem a ver com orgulho, vingança, desdém ou qualquer outra ação para punir o outro pelo dano causado. Até porque a responsabilidade do dano é do outro, mas a abertura para tal dano, é nossa. Amor próprio se trata de ações onde mesmo amando, gostando, querendo bem o outro (com suas qualidades e falhas humanas), abdicamos da relação porque percebemos que ao permanecer nela teremos mais dor do que prazer.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Então, amor próprio tem a ver com cuidar da própria vida independente dos afetos que se tem por outrem, é sair daquele lugar que até então era aconchegante, é dizer tchau mesmo que a vontade no momento seja a de fingir que está tudo bem e ficar ali agarrada (o) em um passado feliz. É saber reconhecer os próprios limites, é dizer o que vier a tona porque o medo de não ser mais aprovada (o) não faz mais nenhum sentido.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Mas, por que temos dificuldade de nos amar na mesma proporção que amamos o outro, ou seja, de onde surge a baixa auto estima? A auto estima corresponde a forma como o indivíduo aprendeu se perceber no mundo e ela é adquirida através das primeiras relações deste indivíduo. Famílias onde o padrão de cobrança impera, em que a competitividade é uma constante, ou que mantém condutas de censura e castração, contribuem para que o indivíduo construa crenças negativas a respeito de si passando a se perceber como um ser incompleto e insuficiente. O medo da solidão fortalece esses sentimentos negativos a respeito de si, fazendo com que o indivíduo se doe totalmente nas relações sem respeitar os próprios limites até mesmo porque para ele não existem limites para evitar ficar sozinho e para ganhar a atenção de alguém que julga mais importante que a si mesmo.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
E, como podemos desenvolver o amor próprio em uma auto estima fragilizada? Identificar todos os prejuízos da falta de amor próprio é fundamental para que o indivíduo não faça somente exercícios disciplinados para se amar, mas sim que ele perceba as consequências do seu padrão de funcionamento e todo o sofrimento envolvido nele. Começar a olhar para si ao invés de somente para o entorno também é importante para o indivíduo entrar em contato consigo e resgatar lembranças onde se sentiu amado, foi reconhecido e respeitado por aquilo que é e que faz. E assim, ao reconhecer o sentimento de amor dentro de si, inicie um processo eterno e interno de auto cuidado e de carinho por quem é.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Se amar então significa calçar o sapato no número certo pra não causar nenhuma dor para os pés, nenhum prejuízo para uma parte que é sua. Significa se permitir sair de tudo que aperta, prende, machuca, dói, que não é compatível com a nossa saúde emocional e projeto de vida.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Então preciso te perguntar, existe algo hoje que machuca o seu EU? Existe algo que te aperta, aprisiona, te nega e não te aceita por inteira (o)? Se sim, talvez seja a hora de tirar estes sapatos e buscar aquele que não só te enfeita, mas que também te cuida, te conforta e te ajuda a dar mais passos adiante.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
É o teu corpo, são as tuas emoções, são os teus sentimentos. É a tua vida.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Tudo bem seguir em frente sem os sapatinhos dos seus sonhos, melhor seguir descalça do que com pés machucados.</div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-77020121861798107382017-09-21T14:26:00.000-07:002017-09-21T14:26:16.930-07:00Prazer x Responsabilidade: Como conquistar o equilíbrio?<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Quem é que não gosta de comer uma comida gostosa, ouvir uma boa música, rir com os amigos, namorar, assistir filmes e séries…? Todas as atividades que são orientadas pelo prazer são facilmente desenvolvidas por qualquer pessoa, principalmente se essas atividades exigem pouco esforço para a sua execução: assistir a um filme, dormir, ouvir música… Isso porque o nosso corpo gasta menos energia executando estas atividades, o que contribui para diminuição do desgaste físico e emocional.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O problema é quando o contato com o prazer se torna exagerado, é como um remédio que tem o objetivo de curar ou amenizar a dor, mas que quando usado em grandes proporções se torna um veneno capaz de trazer sérios danos para o indivíduo.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Algumas pessoas relatam em terapia que não possuem “freio” para os prazeres, não conseguem controlar as suas emoções e buscam constantemente obter alguma satisfação mesmo sabendo que poderão sofrer prejuízos significativos devido a isso. É o caso de pessoas que compram indiscriminadamente apesar das dívidas que já possuem, que comem de forma descontrolada apesar de saberem que isso acarretará em culpa e posteriormente, insatisfação, pessoas que traem embora temam as consequências da descoberta pelo (a) seu (sua) parceiro (a). Associado a estes comportamentos está a dificuldade de lidar com qualquer tipo de frustração mesmo que ela prive somente alguns poucos minutos de prazer e mesmo que insistir em um prazer traga mais prejuízos do que lidar com a frustração momentânea. A fuga é um mecanismo comum diante do contato com a frustração, e vem geralmente associada a raiva descomedida por ser privado de alguma satisfação.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Os excessos denotam dificuldade de encontrar sentido na vida além das satisfações proporcionadas por fatores externos. Logo, o indivíduo passa a desenvolver uma compulsão por prazer na tentativa de não entrar em contato com a sensação de vazio, tristeza e falta de sentido com relação a própria vida. Todos estes comportamentos escondem traços depressivos, e podem não ser identificados pelo indivíduo, suas queixas estão mais baseadas na dificuldade de insistir em algumas atividades e perda de interesse em atividades que antes ofereciam satisfação. Ás vezes as queixas surgem através de irritabilidade com algo ou com alguém que limita seu prazer, e sobretudo, com a falta de controle sobre algo ou alguém.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Dois passos são fundamentais para lidar com esta situação: é necessário aprender a “apertar o freio dos prazeres”, e sanar as insatisfações que constituem o gatilho básico para a busca constante por prazeres.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Um modo de apertar o freio dos prazeres é intercalando os mesmos com alguma responsabilidade. É necessário treino e dedicação, e a motivação para esta dedicação pode partir através da identificação dos prejuízos que se tem ao seguir a vida baseado na procura por satisfações o tempo todo. Então, quando o indivíduo perceber que por trás de cada prazer há um prejuízo, poderá construir mentalmente um novo modelo para viver a curto, médio e longo prazos. Através das metas que devem começar brandas, o indivíduo poderá avançar não de forma a substituir aquilo que o satisfaz por aquilo que não o satisfaz, mas sim buscando enfrentar as insatisfações até que o prazer se torne uma recompensa por ter cumprido algumas responsabilidades.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Para lidar com as insatisfações é necessário identificar que mensagem que elas passam, às vezes, crenças disfuncionais é que alimentam a fuga daquilo que julga-se não ser prazeroso e ao enfrentar as insatisfações ou responsabilidades, se observa que elas nem exigem tanto esforço assim, e que podem ser conciliadas com prazeres.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A busca por um profissional da psicologia é importante para desenvolvimento do autoconhecimento, identificação de crenças negativas, elaboração de sofrimento e construção de novas formas de enxergar a vida. Pense nisso, o seu maior prazer deverá ser a construção da sua própria paz.</div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; border: 0px; color: #222222; display: block; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 24.8px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; vertical-align: baseline; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
</div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-36227816317339583922017-09-21T14:24:00.001-07:002017-10-19T13:58:54.251-07:00"Eu não sinto" - Qual a relação entre o toque e a afetividade?<div class="essb_links essb_counters essb_displayed_top essb_share essb_template_metro-retina essb_869677826 essb_width_flex essb_icon_animation1 print-no" data-essb-button-style="icon_hover" data-essb-counter-pos="hidden" data-essb-instance="869677826" data-essb-position="top" data-essb-postid="21692" data-essb-template="metro-retina" data-essb-twitter-url="https://www.forquilhinhanoticias.com.br/nao-sinto-toque-afetividade-qual-relacao/" data-essb-url="https://www.forquilhinhanoticias.com.br/nao-sinto-toque-afetividade-qual-relacao/" id="essb_displayed_top_869677826" style="background-color: white; border: 0px; clear: both; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; margin: 1em 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; word-wrap: normal !important;">
<ul class="essb_links_list essb_hide_name" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-image: none; border: 0px; box-sizing: content-box; display: flex; font-family: "Open Sans", helvetica, arial, sans-serif; line-height: 1em; list-style-image: initial; list-style-position: outside; margin: 10px 0px; outline: 0px; padding: 0px !important; transform: translate3d(0px, 0px, 0px); vertical-align: baseline;">
<li class="essb_item essb_link_facebook nolightbox" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-image: none; border: 0px; box-sizing: content-box; display: inline-block; line-height: 1em; list-style: none !important; margin: 0px 0px 0px 50px; outline: 0px; padding: 5px 0px; transform: translate3d(0px, 0px, 0px); vertical-align: middle; width: 162.203px;"><br /></li>
</ul>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O tato é o primeiro canal de comunicação do indivíduo com o mundo. É através do toque que o bebê sente que existe algo além dele mesmo, que percebe sensações como frio, calor, que identifica se o toque lhe dá prazer ou dor. A pele é o órgão responsável por receber o toque, é através dela que as sensações são recebidas e identificadas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
As sensações que cada indivíduo tem ao ser tocado estão relacionadas ao modo como ele recebeu carícias na infância. Assim como todos os mamíferos, os bebês humanos possuem a necessidade de se sentirem seguros e aconchegados, e a forma como buscam a satisfação desta necessidade é através do contato próximo com outro, e que se dá principalmente com os seus genitores. Assim, será através das carícias que o bebê obterá o afeto e a intimidade que precisa, já o alimento e a tonalidade da voz dos pais, por exemplo, serão complementos e reforçadores destas carícias, justamente porque a pele é o primeiro plano da consciência humana.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O ser humano por possuir capacidade simbólica de interpretar e dar significado às suas experiências, consegue dar significado ao toque, simbolizar e interpretar por exemplo um aperto de mãos ou um cafuné, uma massagem, um beijo, uma relação sexual, sendo que este significado será dado de acordo com os limiares de prazer e desprazer que as sensações trazem.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Se você, quando criança caiu e machucou os joelhos e pediu para a mãe cuidar dos ferimentos, sabe o quanto o toque alivia dores. Se você já perdeu alguém e no momento do sofrimento recebeu um abraço, sabe o quanto o toque pode confortar. Se você já sentiu muito medo de enfrentar uma situação e naquele momento teve uma mão para segurar a sua, sabe o encorajamento que o toque traz.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Contudo, não são todos os indivíduos que conseguem integrar o ato de tocar com os sentimentos. Para algumas pessoas, tocar e ter sentimentos são canais totalmente diferentes onde um independe do outro. A falta de contato corporal ainda nos primeiros anos de vida contribui para a dissociação do sentir e do pensar, estruturando desta forma personalidades que trazem consigo uma sensação constante de vazio, medo de entrega afetiva, falta de contato corporal e tendência a racionalizações. Assim, entende-se que a forma como as necessidades de carícias foram supridas na infância será expressada no modo como o indivíduo quando adulto irá demonstrar seus sentimentos tanto para si quanto para àqueles com quem se relacionar.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O medo de sentir dor é o conflito básico de indivíduos que possuem tendência a racionalização e dissociação dos sentimentos, isso porque em algum momento da sua vida este ser entrou em contato com situações de extremo sofrimento buscando na razão uma forma de evitar entrar em contato com qualquer tipo de dor. Contudo, ao evitar-se entrar em contato com a dor, evita-se também entrar em contato com o prazer, o que contribui para o fortalecimento da sensação de vazio existencial e de insatisfação constantes.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Uma forma de lidar com o medo de sentir é tentar identificando a visão que o indivíduo tem de si, e principalmente, quais ganhos e prejuízos de fortalecer este traço de carácter. Identificar comportamentos que contribuem para a fuga dos sentimentos também possibilita um reajuste comportamental, contudo, a mudança principal precisa ser a partir dos próprios sentimentos. Quando avaliamos todas as crenças apreendidas no decorrer da nossa vida, começamos a sentir as emoções que elas causam e o que está indiretamente contido nelas. É assim que a elaboração de traumas e conflitos que justificam o bloqueio emocional podem ocorrer.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Se você se identifica, busque auxílio psicológico, perceba o que o medo de sentir tem trazido para a sua vida, e como você gostaria de preencher a sensação de vazio existencial que sente. Se permita mudar, é através do toque que conseguimos identificar sentimentos registrados na nossa psiquê e ressignificá-los.</div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-21386746798954327982017-08-20T07:44:00.001-07:002017-08-20T07:44:03.470-07:00Como você lida com as frustrações?<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Receber um “não” é sem dúvidas, frustrante, afinal, ele corresponde a uma negação da satisfação de um desejo ou de uma necessidade que não depende unicamente de nós. Quando somos crianças não compreendemos bem as regras sociais, e somos movidos pelo desejo imediato, embora muitas vezes ele nada tenha a ver com uma real necessidade. Pedimos para a mãe nos deixar comer o doce antes do almoço e somos frustrados ao ouvir: “Agora não”. Choramos, tentamos barganhar, batemos o pé, brigamos, tudo em prol de satisfazermos a nossa vontade, de sermos atendidos, de ganharmos o conflito.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Acontece que conforme os anos passam, as regras sociais exigem que o indivíduo se adapte à elas, deixando de lado muitas vezes a sua própria vontade. Logo, o controle das próprias emoções se torna fundamental para uma convivência pacífica em sociedade. Contudo, algumas pessoas possuem dificuldade em se adaptar a regras, principalmente porque elas geralmente exigem responsabilidade e abdicação dos próprios prazeres.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Provavelmente você já ouviu a expressão: “Não sabe perder!”. Algumas pessoas não admitem uma frustração, apresentam dificuldade em aceitar determinada perda (por mais banal que ela possa parecer: jogos, competições, promoções…), e assim entram em contato com vários sentimentos que possuem representações extremamente dolorosas, geralmente associados aquilo que o “não” representava para elas na infância, agindo deste modo, como se ainda fossem crianças.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Há quem fique triste e melancólico, fazendo da perda uma barreira para a busca de novos “sim’s”, há quem considere que o “não” que fora recebido corresponde a uma punição por não ser merecedor, ou bom o suficiente, deste modo afetando a própria auto estima e podendo desenvolver quadros depressivos. Mas há também quem fique irritado e com dificuldade de controlar a própria raiva, agredindo verbal ou até fisicamente qualquer pessoa que tente amenizar a situação.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A capacidade de lidar com frustrações está diretamente ligada a forma como o indivíduo aprendeu a se ver diante da vida. Este aprendizado é construído ao longo da história de vida de cada pessoa, a forma como os pais ou educadores ensinaram a criança a lidar com perdas contribui significativamente para o modo dela se enxergar em sociedade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Pessoas com comportamento imediatista, que lidaram precariamente com frustrações ou que não entraram em contato com elas porque conseguiram a satisfação de todas as suas vontades seja através de um choro, de um grito, birra ou briga, aprenderam que este é um meio de conseguir o que desejam, e diante do recebimento de um “não” agem desta mesma forma buscando transformá-lo em um “sim”. A agressividade diante da frustração também é comum em quem não aprendeu a pensar em sociedade, ou seja, além do seu próprio bem estar, deste modo, direta ou indiretamente descontam a raiva que sentem em quem se aproximar ou interromper os seus desejos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Para lidar com as frustrações de forma saudável e adulta, é necessário analisar os sentimentos que um “não” causa, estes sentimentos precisam ser analisados para que seja identificada a sua origem e elaborada a sua causa. Esta alternativa é importante porque contribui para que o indivíduo reestruture a forma de ver a vida e também de se enxergar nela.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Compreender que desejos não são o mesmo que necessidades também é importante para a aceitação da frustração, quando a frustração for designada a uma necessidade, é fundamental que o indivíduo busque meios de exercer os seus direitos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Aprender com o resultado das ações pregressas: brigas, discussões, conflitos, também auxilia no enfrentamento da frustração com uma nova ação, mais condizente com a idade e com a responsabilidade que se tem.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Por isso, ao perceber que você tem dificuldade de controlar as suas emoções diante de uma frustração, procure identificar os pensamentos e as sensações que surgem e busque auxílio psicológico para elaborar suas questões e aprender a administrar de forma saudável os “não’s” recebidos ao longo da sua vida.</div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-26340607443946297272017-08-20T07:43:00.002-07:002017-08-20T07:43:19.224-07:00Como você tem buscado a sua felicidade?<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
As exigências sociais, cada vez mais orientadas pela exposição da própria felicidade através das redes sociais possuem um implicante muito importante a ser analisado: a sensação de obrigatoriedade em se encaixar em padrões estabelecidos culturalmente.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
E, diante das tentativas em se encaixar naquilo que é considerado bom para um determinado público, ás vezes acabamos relembrando dores há muito esquecidas, ou ainda, desenvolvendo consequências difíceis de serem administradas devido a crença que temos a nosso respeito diante da dificuldade em ser como as “pessoas felizes” são.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Ter vários amigos, frequentar diversos eventos, estar envolvido em alguns projetos sociais e profissionais, buscar constantemente novas paixões, novas ocupações, são comportamentos que implicam em movimento e este, muitas vezes é associado a felicidade. Contudo, em alguns momentos o movimento e a busca incessante por felicidade podem representar fugas de dores emocionais, e ou, pode indicar insegurança pessoal, afinal, quando seguimos os modelos de felicidade de alguém, confirmamos a dificuldade que temos em construirmos os nossos próprios modelos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Estas exigências embora se dêem de forma velada, ou seja, nem sempre vem através de pedidos alheios, mas sim através das próprias comparações que fazemos com relação ao que o outro expõe, precisam ser observadas não como regras para conquistar a tão almejada felicidade, mas sim, como possibilidades, estratégias, alternativas para se sentir feliz.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Diante do término de um relacionamento conjugal por exemplo, algumas pessoas partem na busca de novas ocupações, formas de preencher a dor da frustração originária da perda do seu objeto de amor. Assim, tentam curar suas dores preenchendo todos os espaços vazios dentro de si, contudo, ainda assim não se sentem feliz porque a ocupação não é o alimento certo para preencher aquela dor mais profunda: a da perda. E dessa forma se sentem ainda mais distantes da felicidade, afinal, lidam tanto com a frustração originária da perda quanto com os sentimentos vinculados a impotência e ou incapacidade diante das tentativas de serem felizes.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Desta forma aprendem a substituir prazeres ao invés de curar dores, e, alimentam continuamente a própria insatisfação pessoal, retardando o processo de luto que é tão importante diante de perdas afetivas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Se, diante das tentativas de se encaixar naquilo que representa ser feliz para o outro você se sentir frustrado, triste, irritado, preste atenção naquilo que você tem feito consigo. Todos nós possuímos capacidade de autoregulação, logo, todas as respostas necessárias para abrandar o sofrimento estão conosco, o que dificulta o acesso à elas é a tendência em buscarmos externamente, através de modelos estabelecidos, o caminho para a felicidade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Cada indivíduo tem seu conceito de felicidade, contudo, algumas pessoas desconhecem o seu, por isso também que tentam viver aquilo que para o outro faz sentido. Esta tentativa é válida porque demonstra a busca por satisfação e logo, a necessidade de dar novos sentidos para a vida, contudo, se ao insistir nestes modelos você se perceber frustrado e insatisfeito, reconheça a importância de retornar para si e buscar internamente as respostas para as suas próprias perguntas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Ás vezes você só precisa parar, descansar, e estar consigo. Ás vezes o vazio emocional não é devido a falta de companhia, mas sim da falta de respeito e de amor consigo.</div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-39215339812552793602017-08-06T13:44:00.002-07:002017-08-06T13:44:11.879-07:00O que você tem esperado da vida é compatível com o que você tem investido nela?<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
É comum a muitas pessoas o desejo de receber da vida a satisfação de todas as suas necessidades e desejos. Você provavelmente já quis muito que o outro o satisfizesse sem que para isso você tivesse que pedir o que precisava ou queria, ou ainda, já sentiu muita raiva por não ter sido atendido por quem você queria, no momento que queria e do jeito que você queria.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Para a psicoterapia corporal, ou Reichiana, uma abordagem da psicologia que busca compreender os comportamentos e emoções através da relação entre os bloqueios corporais e emocionais; estas características mencionadas acima correspondem ao traço de caracter chamado oral, que corresponde amplamente, a um padrão emocional e comportamental fixado na fase de desenvolvimento oral. O conflito básico do oral diz respeito ao seu direito de receber suporte afetivo, a sensação de privação é que faz com que ele queira receber sempre mais afeto e prazeres em geral, podendo negar as responsabilidades que a vida exige e dispensar toda forma de se esforçar para obter algo embora queira muito este “algo”. Como sente em si uma falta muito grande, solicita muito do outro o preenchimento das suas carências, podendo ficar depressivo ao entrar em contato com as suas “ausências”, e ficando agressivo quando é privado daquilo que quer.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O duelo entre dependência e independência é uma constante também na vida do oral, pois, do mesmo modo que poderá querer receber amor, poderá devido ao medo da frustração, negar qualquer manifestação de amor numa tentativa de evitar uma hipotética rejeição, esta também é uma forma de afirmar que “não precisa de ninguém” e assim evitar novamente o medo de não ser satisfeito pelo o outro embora o seu desejo íntimo é ser amparado e satisfeito por alguém.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
É comum que responsabilizem o outro ou o mundo pelas suas frustrações e tristezas, pois não conseguem enxergar-se protagonistas diante da vida, se vêem apenas como o “mocinho” ou a “mocinha” que se tornam vítimas dos vilões da vida que ora são representados pelo (a) chefe, cônjuge, amigos, pais…</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O grande desafio de quem possui predominantemente este traço de caracter é conseguir se suprir emocionalmente se tornando independente de forma saudável e não forçada, compreendendo que não é mais um bebê e que precisará construir o seu mundo de acordo com as suas próprias demandas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Todos tem o direito de se sentir tristes por não serem atendidos, mas a situação para que não envolva sofrimento precisa ser vista de forma realista e não através das próprias neuroses de rejeição, privação ou abandono que o indivíduo possui e que foram originadas na infância, predominantemente em momentos onde ele enquanto criança precisava receber suporte afetivo. São estes conflitos que contribuem para sofrimentos diante de situações que por si só não tem esta implicação diretamente na vida adulta.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Por isso, antes de perguntar se o outro está sendo uma boa pessoa para você, se questione se você tem sido uma boa pessoa para si. Utilize o amor próprio para construir a sua maturidade emocional e assim, se tornar protagonista da própria vida. Embora o mundo não corresponda a todas as expectativas que criamos, podemos nos aproximar da nossa satisfação fazendo a nossa parte, e é este movimento de investir naquilo que se quer que contribuirá para a própria felicidade, que precisa ser desenvolvido, sem raiva, orgulho e prepotência, mas simplesmente pela compreensão que por mais que se queira, o mundo não é uma eterna mãe e nós, não somos eternas crianças.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Reflita sobre como você tem se relacionado com o mundo e quais expectativas você tem criado para com ele e com as pessoas em geral, e observe como você tem contribuído com a sua parte para a satisfação dos seus desejos e necessidades. Deste modo, procure auxílio psicológico para elaborar os conflitos que orientam os comportamentos, esta ação corresponde a dar um passo em direção ao auto cuidado e ao respeito por si, além de ser um investimento em relações mais saudáveis e maduras.</div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-86130110814935045862017-07-23T10:34:00.002-07:002017-07-23T10:34:49.111-07:00Está tudo bem não estar tudo bem<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Tem dias que você sente que as coisas ao seu redor não estão tão legais como nos outros dias, que situações que há um dia atrás eram facilmente contornadas ganham da noite pro dia um peso imenso e exigem muito esforço para lidar com elas. As pessoas estão “chatas”, o ambiente está “pesado”, o dia está “feio”. Até que alguém pergunta: “Tudo bem?” E você percebe que realmente não está, que não foram as coisas que mudaram da noite pro dia, foi você que não acordou tão resiliente assim.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Pessoas que são rígidas consigo mantém um padrão de exigência com o outro mas principalmente com elas mesmas, e por isso sentem dificuldade em tolerar quando não estão tão bem como acham que deveriam estar. Não conseguem acolher as próprias limitações emocionais e possuem a tendência em mascarar o que sentem, ou ainda, inconscientemente se desconectam das próprias sensações e adotam comportamentos padronizados como forma de garantir que vai ficar tudo bem: forçam um sorriso, insistem em atividades custosas, negligenciam os “sinais” de que não está tudo bem assim.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Todas as emoções e sentimentos possuem uma origem, um motivo para estarem ali. Porém as vezes não conseguimos identificar o que existe por trás daquela tristeza, da irritabilidade, da angústia, apenas sentimos que não estamos como nos demais dias. E neste momento, ao nos darmos conta de que não é o dia que ficou “ruim” de repente, mas que é o nosso olhar sobre ele que o fez ficar “ruim”, que precisamos nos questionar: “O que eu estou precisando neste momento?”</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Quando fizemos pausa nos julgamentos com relação ao que sentimos e sobre a nossa falta de resiliência, passamos a escutar verdadeiramente as mensagens que nosso corpo está mandando. Ás vezes só precisamos de um descanso, de uma pausa no modo automático de viver, ás vezes precisamos de uma companhia que acolha os nossos sentimentos, ou ainda, de um tempo sozinhos. E se nos ouvirmos com sensibilidade, treinando a censura para que ela dessa vez fique longe dos nossos desejos, conseguimos parar de lutar contra aquilo que precisamos no momento e passamos a nos acolher integralmente.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Este acolhimento que buscamos geralmente no outro, precisa antes de tudo ser desenvolvido por nós mesmos. E a melhor forma de desenvolvê-lo é minimizando a auto censura, os julgamentos e a exigência de que temos sempre que “dar conta” das próprias emoções. Cada vez que negamos a forma como nos sentimos aumentamos o sentimento de insatisfação porque vamos agir não de acordo com o que o nosso sentimento está nos pedindo mas sim de acordo com o que julgamos que ele deveria pedir.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A recorrência de períodos de tristeza ou irritabilidade precisam ganhar atenção, e a melhor forma de se acolher nestes momentos é buscando auxílio psicológico. Se você hoje não está se sentindo tão bem como gostaria de estar, perceba o que seu corpo está pedindo e de que forma você pode atender a este pedido de forma saudável, para se reequilibrar e fortalecer a sua resiliência para os próximos momentos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Está tudo bem não estar tudo bem, acolha os seus sentimentos ao invés de negá-los ou de querer transformá-los racionalmente. Seja amigo (a) de quem você é e evite sobretudo censurar o que você está sentindo.</div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-5292624028181188132017-07-23T10:33:00.001-07:002017-07-23T10:33:48.799-07:00Qual o significado da sua vida?<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Há quem siga correndo pela vida numa busca desenfreada para conquistar a tão almejada felicidade, há quem viva no modo “automático”, outros, “levando” ou “empurrando” a própria existência com olhos desvitalizados e com o corpo cansado, há também quem se entusiasme a cada dia e busque nele sentidos para a caminhada. Independentemente do modo como cada um vive, todos possuem o mesmo desejo: sentirem-se felizes.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Cada indivíduo possui registros de satisfações que foram construídos a partir das suas primeiras experiências. Cada desejo satisfeito, cada necessidade atendida contribui para que ele desenvolva inconscientemente fantasias a respeito da própria felicidade. Geralmente essas promessas de felicidade são depositadas em algo ou em alguém. É assim que fazemos projetos de vida, nos lançamos à desafios, construímos felicidades para cada etapa de vida. Se quando somos crianças nossa maior felicidade é brincar e ter o colo dos pais, quando nos tornamos adolescentes vislumbramos na liberdade a tão esperada felicidade, as escolhas profissionais, os relacionamentos também constituem tais promessas de felicidade que surgem a partir de cada etapa do desenvolvimento.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Contudo, quando não há equilíbrio entre prazer e realidade, ou seja, quando todo o investimento gira em torno de uma única conquista, ocorre um fortalecimento da fantasia, e é onde se passa a acreditar que somente a obtenção daquilo que se quer é que trará a verdadeira satisfação, ou ainda, a tão almejada felicidade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Baseado neste contexto, algumas pessoas tem dificuldade de se reestruturar após uma frustração. Como colocaram nas mãos de algo ou de alguém o sentido da própria vida, quando não conquistam o que desejam passam a acreditar que não existe mais possibilidades de serem felizes, perdem as esperanças e desenvolvem de acordo com cada estrutura de personalidade, comportamentos decorrentes da culpa que sentem, ou da raiva, vitimização, agressividade, desdém…</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
É importante que seja analisado onde estamos colocando as nossas expectativas, e de que forma estamos caminhando ao encontro das conquistas que almejamos. Ás vezes, o indivíduo procura desenvolver um relacionamento saudável, contudo, age evidenciando o outro e se negligenciando na relação, ou seja, o sentido da própria vida dele acaba sendo incongruente e a tendência a frustração se torna maior que a da própria realização.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Por isso é fundamental observar por que estamos caminhando de determinado modo, e além disso, por que construímos tal desejo como ideal para a nossa satisfação. É necessário ter cautela com a tendência a se deixar influenciar por ideais de felicidade, pois, a crença em uma receita única para a satisfação pode contribuir para quadros de insegurança, baixa auto estima, insatisfação e despersonalização.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Outro ponto importante é sobretudo, manter a atenção na realidade para compreendermos que a vida pode ter vários sentidos, e que a frustração de uma conquista não precisa ganhar mais poder do que as outras várias possibilidades de felicidade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Por isso, perceba qual o significado que você quer dar para a sua vida e de que forma está indo ao encontro dele. E sobretudo, avalie se você realmente se identifica com este significado, afinal, a vida é sua e somente você poderá dar o seu sentido à ela.</div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-62031401585785094782017-07-23T10:32:00.003-07:002017-07-23T10:32:51.006-07:00Essa pressa faz sentido?<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Você já se perguntou sobre o porque de estar correndo tanto? Diariamente lidamos com cobranças externas que nos dizem que precisamos ser os melhores profissionais dentro da nossa área de atuação, que precisamos ser o melhor filho, pai, marido, esposa, amiga, nora… E na tentativa de atingir todas essas expectativas sociais, esquecemos de questionar se realmente queremos ser os melhores, e mais ainda, o que realmente significa ser melhor para nós.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Todo o esforço para atingir um ideal seja ele pessoal ou profissional ignora a realidade. É que parâmetros como melhor ou pior dependem de várias circunstâncias e principalmente, partindo deste raciocínio, do olhar do outro para serem considerados como tal. E quando consideramos que existe um outro capaz de avaliar se somos bons ou não, precisamos entender que somente poderemos fazer o que está dentro das nossas limitações, contudo, que a avaliação poderá ser baseada no que fizemos ou simplesmente na forma como o outro por diversos motivos nos considerou.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
É por isso que é tão importante termos definido individualmente o que é bom e ruim para nós, porque é a partir disso que conseguiremos nos afastar da necessidade de sermos reconhecidos e aprovados pelo o outro, compreendendo que cada indivíduo possui os seus motivos pessoais para cada escolha que toma, e que apenas podemos nos apropriar daquilo que nos satisfaz ou que nos causa desprazer. Ou seja, é identificando aquilo que queremos ser que automaticamente entramos em contato com a realidade e nos afastamos das idealizações que quando não são dosadas, criam ilusões a respeito da felicidade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Pessoas que possuem estruturas de personalidade que se formaram em lares com educações rígidas de exigências, desenvolvem a crença de que precisam constantemente satisfazer as pessoas a partir das expectativas que elas mesmas criaram a seu respeito. E na tentativa de agradá-las, buscam constantemente atingir uma excelência em todas as áreas da própria vida, ou, daquelas que mais são valorizadas e reconhecidas por aqueles que exigem tal conquista.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Esta exigência externa quando não é administrada com equilíbrio no sentido de ser motivadora, acaba sendo internalizada e se transformando em uma auto exigência. As consequências são o fortalecimento da competitividade com um fundo emocional de baixa auto estima, dificuldade de lidar com frustrações, auto punições, dificuldade de reconhecer os próprios limites e distanciamento de quem se é para atingir aquilo que acha-se que é, tendo como base o reconhecimento alheio.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Ás vezes as expectativas do outro podem ser baseadas no que ele vê como sendo melhor para nós e realmente pode fazer sentido se ele nos conhecer, contudo, é importante questionarmos se realmente queremos este modelo de vida, por mais benéfico que pareça ser, para nós. É que cada indivíduo possui as suas próprias identificações, por isso é fundamental, antes de tentar se ajustar naquilo que o outro acredita que possa ser bom para nós, analisar se realmente nos identificamos com aquela oportunidade, ou se estamos nos permitindo investir nela somente para agradá-lo ou por desconhecermos o que essencialmente queremos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Por isso é fundamental reajustarmos o foco constantemente e identificarmos o motivo de estarmos ás vezes passando por cima dos nossos próprios limites. Assumir que não se quer ser “o melhor” é geralmente, doloroso porque significa dizer: “Eu abro mão de te agradar para me agradar” e consequentemente pode implicar em perdas de alguns benefícios secundários, contudo, é uma forma autêntica de lidar com a realidade e admitir a importância de valorizar o bem estar pessoal independente das expectativas que criaram a nosso respeito.</div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-72846397487982093242017-06-27T11:39:00.001-07:002017-06-27T11:39:18.014-07:00Você tem dificuldade de “dar o braço a torcer”? Entenda como o sentimento de inferioridade influencia na constituição do orgulhoT<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px;">odo indivíduo carrega consigo o desejo de ser amado incondicionalmente, ou seja, de ser aceito do jeito que ele se apresenta ao mundo. Nosso primeiro vínculo afetivo se constrói através daquele que sana as nossas necessidades, que satisfaz as nossas angústias. Sendo assim, somos seres relacionais e buscamos constantemente vínculos onde é possível sermos acolhidos, e consequentemente, aceitos, satisfeitos de acordo com nossas necessidades e desejos tanto por aquilo que somos quanto por aquilo que temos (podemos oferecer).</span><br />
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Porém, quando as relações favorecem situações onde estão presentes questões que envolvem traições, substituições e enganações, deixam marcas na personalidade de quem as vivencia, e se o indivíduo foi a pessoa que se sentiu diminuída pelo outro, poderá desenvolver uma baixa auto estima, e quando recorrentes tais situações, e diante da dificuldade de compreender a realidade de uma forma saudável, poderá desenvolver núcleos psicológicos onde o sentimento de inferioridade é o que impera e rege todos os seus comportamentos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Contudo, diante da dificuldade de aceitar as próprias limitações e compreender a realidade, e mais que isso, por ter desenvolvido uma crença disfuncional de que existe algo melhor que ele próprio, e assim ter dificuldade de compreender que a traição não significa uma troca por alguém melhor, por exemplo, poderá fazer com que o indivíduo construa inconscientemente máscaras psicológicas para não ter que lidar com o sofrimento oriundo da traição ou humilhação e do sentimento de inferioridade. É assim que surge o orgulho. Na tentativa de não ser diminuído novamente perante o outro, o indivíduo adota comportamentos de desdém, ou constrói crenças pessoais de que ele é maior e melhor que determinada pessoa, por exemplo, e que sendo assim, não irá se diminuir (demonstrar seus verdadeiros sentimentos para ela).</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Na psicologia entende-se que o orgulho é uma defesa contra a sombra. A sombra corresponde a um aspecto da personalidade do indivíduo que possui comportamentos e sentimentos que não são aceitos por ele, logo, inconscientemente ele nega tais aspectos e passa a desenvolver um mecanismo para se defender deles, neste mecanismo pode então estar presente o orgulho.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Por trás daquele indivíduo que tem dificuldades de assumir o que sente ou de reconhecer as conquistas do outro, podem existir sentimentos de inferioridade consigo. Algumas pessoas sentem muita dificuldade de assumir as suas verdadeiras vontades principalmente quando elas implicam na aceitação do outro para a sua satisfação. O medo de se sentirem fracas, pequenas, humilhadas e nas “mãos do outro” faz com que elas criem jogos de “faz de conta”, ou o famoso “se fazer de difícil” para obterem o que tanto querem. Em relacionamentos o orgulho se apresenta sob a forma de negar os próprios sentimentos, dificuldade de demonstrar o que sente, vontade de se sobressair perante o outro, ignorar quem o (a) procura para se sentir desejado (a)… Esses comportamentos se relacionam sempre com outros cuja origem pode ser insegurança, medo da solidão, raiva da submissão, desejo de ter o controle sobre tudo…</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O medo de novamente entrarem em contato com os sentimentos mais primitivos de submissão, traição e ou humilhação faz com que estes indivíduos não sejam autênticos consigo e automaticamente com o outro, e passem a acreditar que precisam sempre ser melhores. Ser melhor para estas pessoas corresponde a não entrar em qualquer relação que envolva qualquer possibilidade de entrega afetiva, pois para elas, as marcas do passado em contextos de submissão são tão profundas, que evitam novamente passar por isso, e como o resquício das marcas traumáticas vem acompanhado de raiva, essas pessoas tendem a querer diminuir o outro ou vê-los “correndo atrás” delas. Esta é uma forma de se convencerem de que não são inferiores, afinal, existe alguém que está implorando pela sua atenção ou que se submete à ela.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Percebe-se a partir desta compreensão que o indivíduo que tem seus comportamentos orientados pelo orgulho é ainda, embora crescido, uma criança com o orgulho ferido e que tenta através das “armas” que possui, muitas vezes infantis, fazer justiça afim de mostrar a sua ira e afirmar a sua posição existencial de suficiência no mundo, desenvolvendo comportamentos prepotentes, arrogantes, “frieza” ou distanciamento emocional e necessidade de auto afirmação que evitam em alguns momentos entrar em contato com o sentimento de inferioridade mas em contrapartida trazem novos conflitos psíquicos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Identificar o que se sente e a origem dos sentimentos é o primeiro passo para elaborá-lo. Elaborar um sentimento vai muito além de entendê-lo, é necessário tratar as marcas deixadas na psiquê do indivíduo para que com uma nova perspectiva da situação, ele consiga construir uma nova ressignificação para ela e transformar os seus comportamentos de acordo com os novos sentimentos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24.8px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Por isso o acompanhamento psicológico é tão importante. É através da psicoterapia que o indivíduo conseguirá compreender o que sente e assim se desenvolver de uma forma mais saudável e que o satisfaz.</div>
Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-44129428520329694622017-06-17T07:33:00.004-07:002017-06-17T07:33:50.950-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQdIgY-u6PxWgwrRrLn1QBtQZBSe-3SgpBYueGPvynOlro1HC8VedM76aIbBF69llwZn1S-XyKAhYWfhWZG3lLxoIid-CbF2HPB1PqR5WO_GPPa9mafoNdChyphenhyphenFPdgWZ7mw761T2HeDQrQ/s1600/19366636_1293821380736200_4967014478189859215_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQdIgY-u6PxWgwrRrLn1QBtQZBSe-3SgpBYueGPvynOlro1HC8VedM76aIbBF69llwZn1S-XyKAhYWfhWZG3lLxoIid-CbF2HPB1PqR5WO_GPPa9mafoNdChyphenhyphenFPdgWZ7mw761T2HeDQrQ/s320/19366636_1293821380736200_4967014478189859215_n.jpg" width="320" /></a></div>
<span class="_5mfr _47e3" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 0; margin: 0px 1px; vertical-align: middle;"><img alt="" class="img" height="16" role="presentation" src="https://www.facebook.com/images/emoji.php/v9/ff8/1/16/267b.png" style="border: 0px; vertical-align: -3px;" width="16" /><span class="_7oe" style="display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 0px; width: 0px;">♻</span></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Alguns eventos ocorrem com frequência em nossa vida, geralmente não entendemos o porquê. Todos os comportamentos que são disfuncionais trazem resultados igualmente disfuncionais e quando não são analisados, permanecem orientando a forma como nos sentimos. </span><span class="_5mfr _47e3" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 0; margin: 0px 1px; vertical-align: middle;"><img alt="" class="img" height="16" role="presentation" src="https://www.facebook.com/images/emoji.php/v9/f51/1/16/1f449.png" style="border: 0px; vertical-align: -3px;" width="16" /><span class="_7oe" style="display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 0px; width: 0px;">👉</span></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">"Nada dá certo pra mim!", "Não tenho sorte!", "De novo me decepcionei."... Essas falas são comuns nessas situações repetidas, e traduzem a fal</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">ta de análise do porquê da recorrência do sofrimento. <span class="_5mfr _47e3" style="font-family: inherit; line-height: 0; margin: 0px 1px; vertical-align: middle;"><img alt="" class="img" height="16" role="presentation" src="https://www.facebook.com/images/emoji.php/v9/f51/1/16/2714.png" style="border: 0px; vertical-align: -3px;" width="16" /><span class="_7oe" style="display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 0px; width: 0px;">✔</span></span>Compreender o porque de tais resultados é fundamental para a adoção de novos comportamentos, para a mudança e sobretudo, para internalizar a lição por trás de cada acontecimento recorrente. <span class="_5mfr _47e3" style="font-family: inherit; line-height: 0; margin: 0px 1px; vertical-align: middle;"><img alt="" class="img" height="16" role="presentation" src="https://www.facebook.com/images/emoji.php/v9/f3c/1/16/1f4a1.png" style="border: 0px; vertical-align: -3px;" width="16" /><span class="_7oe" style="display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 0px; width: 0px;">💡</span></span>Já dizia Jung: "tudo aquilo que não enfrentamos em nós mesmos acabaremos encontrando como destino"</span>Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5429999737126812785.post-33157367597682995642017-06-17T07:32:00.003-07:002017-06-17T07:32:35.709-07:00Quem você está se tornando?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLz-f35M91lBPRn25UWtAQRehV4ZnmgRHGtHLs5zHfqcLW4yuSEfpQw9K9yZS4BStY08R-naPyogr4l3iacQJY6kfdhdLhAg0GZNNZ-HlYJ7yK-xtn9kXDWBz6mqaksjqG96vxQAEuaSE/s1600/19105501_1293820950736243_7322763700360961944_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLz-f35M91lBPRn25UWtAQRehV4ZnmgRHGtHLs5zHfqcLW4yuSEfpQw9K9yZS4BStY08R-naPyogr4l3iacQJY6kfdhdLhAg0GZNNZ-HlYJ7yK-xtn9kXDWBz6mqaksjqG96vxQAEuaSE/s320/19105501_1293820950736243_7322763700360961944_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img alt="" class="img" height="16" role="presentation" src="https://www.facebook.com/images/emoji.php/v9/f51/1/16/1f449.png" style="background-color: white; border: 0px; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; vertical-align: -3px;" width="16" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; text-align: left;">Quem você está se tornando? </span><span class="_5mfr _47e3" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 0; margin: 0px 1px; text-align: left; vertical-align: middle;"><img alt="" class="img" height="16" role="presentation" src="https://www.facebook.com/images/emoji.php/v9/fdd/1/16/274c.png" style="border: 0px; vertical-align: -3px;" width="16" /><span class="_7oe" style="display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 0px; width: 0px;">❌</span></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; text-align: left;">Todas as nossas ações nos conduzem para uma consequência. A cada decisão tomada ou ação executada criamos uma imagem de quem somos, esta é a nossa identidade secundária - aquilo que fazemos e que nos torna seres da e para a sociedade. Há quem reflita sobre seus atos, há quem escolha viver no modo automático, o que é importante de ser considerado é que nas duas formas </span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; text-align: left;">estamos construindo o nosso futuro, ou destino, como cada um preferir. <span class="_5mfr _47e3" style="font-family: inherit; line-height: 0; margin: 0px 1px; vertical-align: middle;"><img alt="" class="img" height="16" role="presentation" src="https://www.facebook.com/images/emoji.php/v9/f51/1/16/1f449.png" style="border: 0px; vertical-align: -3px;" width="16" /><span class="_7oe" style="display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 0px; width: 0px;">👉</span></span>Quando pergunto aos pacientes quem eles estão se tornando reproduzindo determinados comportamentos, com frequência vejo a surpresa que tem ao pararem para analisar suas ações. E como consequência, a mudança de comportamento que adotam em seguida. <span class="_5mfr _47e3" style="font-family: inherit; line-height: 0; margin: 0px 1px; vertical-align: middle;"><img alt="" class="img" height="16" role="presentation" src="https://www.facebook.com/images/emoji.php/v9/f3c/1/16/1f4a1.png" style="border: 0px; vertical-align: -3px;" width="16" /><span class="_7oe" style="display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 0px; width: 0px;">💡</span></span>Por isso, refletir sobre onde queremos chegar e sobretudo como estamos caminhando para conquistar tal objetivo é fundamental para vermos se realmente estamos nos tornando aquela pessoa que tanto queremos.</span></div>
<br />Jéssica Horáciohttp://www.blogger.com/profile/08142228787375195611noreply@blogger.com0