O que é que está na moda? Cintura alta, baixa, decote
profundo, gola alta, tom pastel ou talvez um neon...? Mas, e se eu não me sentir bem vestindo aquilo que é
tendência? Se a calça alta apertar demais minha cintura a ponto de me trazer
desconforto? Ou se a calça baixa realçar aquela parte do meu corpo que não é a
das minhas preferidas? E ainda, se aquele
modelo de decote não for indicado pra minha anatomia mas for o que eu mais me
sinto confortável, e ou, bonita?
A estética não surgiu ao acaso, ela é referência nas artes,
arquitetura, moda... Serve como uma forma de harmonizar um ambiente ou roupa
para torná-la mais aceitável para uma maioria de acordo com referências
culturais e históricas. Deve formar sugestões de conceitos, opções e hipóteses
a serem consideradas, mas jamais se tornarem regras universais a serem
seguidas.
Conceitos de certo e errado constituem pólos opostos que estão presentes em tudo no mundo, e existem diversas teorias a respeito: religião, capitalismo, moral... Contudo, quando falamos de felicidade, precisamos selecionar não somente o que é considerado socialmente adequado e excluir o que é inaceitável, mas sim substituir estes pólos pela palavra saudável. Esta que consegue compreender a singularidade de cada indivíduo e respeitar a sua própria história de vida, aquilo que o toca sentimentalmente e que traz sentido para a sua existência.
Conceitos de certo e errado constituem pólos opostos que estão presentes em tudo no mundo, e existem diversas teorias a respeito: religião, capitalismo, moral... Contudo, quando falamos de felicidade, precisamos selecionar não somente o que é considerado socialmente adequado e excluir o que é inaceitável, mas sim substituir estes pólos pela palavra saudável. Esta que consegue compreender a singularidade de cada indivíduo e respeitar a sua própria história de vida, aquilo que o toca sentimentalmente e que traz sentido para a sua existência.
Voltando à questão de estética, padrões e moda, sabe-se que
quando existe uma referência, há a tendência para a comparação uma vez que
seguir o que é aceitável socialmente promete trazer ganhos sociais: aceitação,
mais relações, inclusão, elogios... Ou seja, ao comparar-se àquilo que é
"correto", o indivíduo questiona o próprio valor e nega a sua própria
individualidade se tornando apenas mais um tentando ser igual. É deste modo que
sentimentos de inferioridade, autocobrança, menos valia e raiva do próprio
corpo se manifestam. Na tentativa de ser aceito o indivíduo acaba se negando e
construindo relações em cima daquilo que tenta ser mas, que não é. Assim surgem
sentimentos de insatisfação, inveja, sensação de que não é amado
incondicionalmente, existe sempre um vazio, uma falta que não se preenche até
porque o antídoto para ela não é o que agrada o outro mas sim o que agrada a si
mesmo.
Então, embora a mídia enfatize padrões e conceitos radicais
para fortalecer o marketing e girar o comércio, é fundamental que cada ser
humano ao invés de seguir o que é ditado, se questione primeiramente a respeito
do que realmente gosta e lhe faz bem, que contribui para a sua própria
aceitação.
Algumas pessoas brigam com seu próprio corpo, se diminuem, desqualificam, repudiam quem verdadeiramente são, esquecem que o corpo o qual habitam a seguem desde o ventre materno, que cada parte sua já foi de uma criança cheia de sonhos, de fantasias onde tudo seria possível, onde seriam amadas pelo o que se tornariam e não pelo o que vestiam.
Algumas pessoas brigam com seu próprio corpo, se diminuem, desqualificam, repudiam quem verdadeiramente são, esquecem que o corpo o qual habitam a seguem desde o ventre materno, que cada parte sua já foi de uma criança cheia de sonhos, de fantasias onde tudo seria possível, onde seriam amadas pelo o que se tornariam e não pelo o que vestiam.
Por isso proponho uma atividade: pegue uma foto sua de quando
era criança, analise cada elemento da foto: expressão, postura, roupa, corpo...
Depois vá até um espelho e analise cada parte sua: seu olhar, seu sorriso, e
todos os outros elementos observados na foto. Perceba onde está aquela criança que merecia amor
simplesmente por ser uma vida. E tente encontrá-la dentro de si.
Você não precisa fazer tanto esforço para se sentir amada,
aceita, respeitada. Você somente precisa respirar fundo e querer bem a sua
morada, o seu corpo, afinal, é nele que você habitará para sempre. Talvez
a nova tendência possa ser transformada naquilo que a faz feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário