Blog com conteúdo informativo relativo à psicologia, saúde e qualidade de vida.
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Por que resistimos à mudanças?
Ir ou ficar, arriscar ou permanecer, tentar ou se lamentar, enfrentar ou justificar?
domingo, 19 de junho de 2016
Culpa II
Tem uma música que diz assim: "Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços?
Me entorta as costas e dá um cansaço(...)"
Me entorta as costas e dá um cansaço(...)"
👉Certamente você já passou por alguma situação em que se sentiu culpado por fazer aquilo que queria, uma sensação de que não podia querer... E sabe o por quê? Porque existe uma exigência constante sobre nós a respeito de atendermos o outro e cumprirmos com as expectativas que ele cria sobre nós. O interessante é que do mesmo modo que somos sujeitos desta situação, nos transformamos também em agentes dela e é aí que exigimos também do outro comportamentos específicos, ou, no mínimo esperamos que ele corresponda aquilo que planejamos. Então, quando abrimos mão do que nos é imposto, geralmente causamos desconforto em uma relação. Decepcionamos, frustramos, incomodamos àqueles que desejavam que fôssemos de acordo com os seus planos.
Entende por que muitas vezes nos culpamos por sermos autênticos às nossas vontades? ⚠Algumas pessoas vivem tanto para satisfazer as expectativas do outro que por fim não se reconhecem mais e não sabem o que querem, sentem-se perdidos e infiéis consigo. É comum procurarem terapia se queixando porque não conseguem se adaptar ao outro, ou se culpando por não ser como o outro queria. 👉 Sabe o que você pode fazer a respeito? Escutar os seus desejos, atender as suas vontades e se apaixonar por quem você é: se descobrir. O autoconhecimento é a chave para entrar em contato com esses tesouros pessoais, com quem se é. 💡Procure um psicólogo, esse profissional é capacitado para lhe auxiliar nesse processo.
Entende por que muitas vezes nos culpamos por sermos autênticos às nossas vontades? ⚠Algumas pessoas vivem tanto para satisfazer as expectativas do outro que por fim não se reconhecem mais e não sabem o que querem, sentem-se perdidos e infiéis consigo. É comum procurarem terapia se queixando porque não conseguem se adaptar ao outro, ou se culpando por não ser como o outro queria. 👉 Sabe o que você pode fazer a respeito? Escutar os seus desejos, atender as suas vontades e se apaixonar por quem você é: se descobrir. O autoconhecimento é a chave para entrar em contato com esses tesouros pessoais, com quem se é. 💡Procure um psicólogo, esse profissional é capacitado para lhe auxiliar nesse processo.
Mude a letra da música: "abra as suas asas, solte suas feras, caia na candaia (...)
Seja leve. Seja você!
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Se solta!
Vivemos em uma sociedade que exige cada vez mais que sejamos excelentes em todas as áreas, e essa educação vem desde a infância. Antes mesmo da criança nascer, os pais já estruturam a forma como irão educar o filho. Quando o bebê nasce, de todos os lados se escuta palpites sobre a melhor forma de educa-lo: "Não dê de mamar quando ele pede, tem que ser no teu horário", "Cuidado! Não dê carinho demais para ele não ficar manhoso"... Quando a criança cresce os pais e professores tendem a exigir comportamentos adultos já para a criança: "Não sente assim!", "Tenha modos!", "Você não pode falar enquanto come!", "Você não deve falar tudo o que quer"... E por aí vai.As aulas de etiqueta também são um exemplo. Tende-se a condicionar os indivíduos à regras rígidas, sem considerar a sua espontaneidade e o quanto é saudável às vezes, desviar de padrões que punem e tolhem a capacidade criativa das pessoas.
Em geral, a sociedade - e todos nós fazemos parte dela - exige que sejamos perfeitos, condicionados e exigentes também; afinal, é um ciclo. Acabamos então por exigir e ou no mínimo esperar atitudes semelhantes dos demais. ⚠Então, tentamos nos ajustar tanto à uma sociedade "correta" que logo associamos que não podemos mostrar a nossa verdadeira face. Por isso nos policiamos tanto: escondemos nosso choro, nos distanciamos de sentimentos, negamos os nossos desejos, deixamos de gargalhar, de dançar devido ao pudor, deixamos de expressar o que sentimos para "não ficar feio". Como se devêssemos acertar sempre, ser cordial e polido sempre, como se tivéssemos que ser "certinhos" a todo momento. >>>Porém são inúmeros os conflitos que surgirão caso não conseguimos nos expressar de acordo com as nossas emoções e optarmos por viver nos policiando.
Em geral, a sociedade - e todos nós fazemos parte dela - exige que sejamos perfeitos, condicionados e exigentes também; afinal, é um ciclo. Acabamos então por exigir e ou no mínimo esperar atitudes semelhantes dos demais. ⚠Então, tentamos nos ajustar tanto à uma sociedade "correta" que logo associamos que não podemos mostrar a nossa verdadeira face. Por isso nos policiamos tanto: escondemos nosso choro, nos distanciamos de sentimentos, negamos os nossos desejos, deixamos de gargalhar, de dançar devido ao pudor, deixamos de expressar o que sentimos para "não ficar feio". Como se devêssemos acertar sempre, ser cordial e polido sempre, como se tivéssemos que ser "certinhos" a todo momento. >>>Porém são inúmeros os conflitos que surgirão caso não conseguimos nos expressar de acordo com as nossas emoções e optarmos por viver nos policiando.
✔Portanto, podemos começar a modificar isso NOS PERMITINDO ser espontâneos, valorizando os sentimentos e pulsões ao invés das regras e adaptações. Lembre-se: Indivíduos livres são a origem de uma sociedade saudável!
E se...
Ana sente vontade de dizer que não concorda com Marcos e que não quer aceitar as suas imposições. Assim, Ana deseja mostrar o seu posicionamento quanto à conduta de Marcos, porém para evitar conflitos, acaba por se calar e consequentemente fazer parte da turma daqueles que pensam como Marcos e que aceitam as imposições dele.
Você sabia que aqueles desejos que não são expressados podem se cristalizar e dar origem à disfunções físicas?
Pois é! Embora o silêncio às vezes seja fundamental para expressar respeito, para evitar entrar em jogos psicológicos e para demonstrar maturidade; ele também pode comprometer a saúde do indivíduo, principalmente quando o pensamento e a ação estão em harmonia mas são barradas por uma moral repressora.
>>Portanto, é fundamental identificar o que tem bloqueado os seus desejos, como esses bloqueios tem se apresentado no corpo, e porque optou-se por calar aquilo que deseja. Ou seja, para que Ana seja livre e saudável, precisa identificar que possui um real desejo de se expressar, porém, como teme perder o "amor" de Marcos acaba não se posicionando e evitando conflitos, e consequentemente, concordando com tudo o que Marcos lhe impõe.
É importante esclarecer que as neuroses somente são elaboradas quando são expressadas, ou seja, quando se tornam conscientes e as suas emoções são manifestadas. Portanto, perceba o que você tem calado, bloqueado, negado, e verifique como está o seu corpo. Procure um psicólogo para lhe auxiliar a ser espontâneo, livre e, saudável.
Lembre -se que esse "não dizer" pode abrigar sentimentos de culpa, frustrações; arrependimentos, apego, dores no corpo, alergias, inflamações...
Tudo bem que a discrição seja uma virtude, mas fazer-se ouvir é um ato de respeito para si próprio, para com os seus sentimentos e emoções. É um salto em direção à liberdade!
quinta-feira, 2 de junho de 2016
Príncipe ou Sapo? Real x Ideal
Você compra um pacote de
salgadinhos achando que ele virá cheio de besteiras crocantes, você pinta o
cabelo de ruivo achando que vai ficar idêntica à mocinha da novela, você
investe todo o seu potencial no seu emprego achando que finalmente vai subir de
cargo, você namora com o menino porque ele parece O príncipe.
Só que quando você compra o
salgadinho percebe que o pacote está cheio de ar, quando você pinta o cabelo
percebe que não ficou com o rosto e o corpo e a vida da mocinha da novela,
quando você se empenha no seu emprego percebe que seu chefe promoveu o seu
colega, quando você namora o príncipe acaba vendo que: "Poxa, ele não tem
um cavalo branco!"
E depois das tentativas de ser
satisfeita por algo ou por alguém, você percebe que parou de comprar os
salgadinhos porque eles não vem na quantidade suficiente para a sua fome, você
percebe que parou de pintar os cabelos de ruivo porque a tinta não lhe deixa
como você queria, percebe que você saiu do emprego porque não foi reconhecida
pelo chefe, percebe que terminou o namoro porque príncipe que se preze tem que
ter um cavalo branco.
O que todos esses fatos tem em
comum? A nossa tendência em criar expectativas, se decepcionar e culpar o outro
ou a "coisa" como incapazes de nos satisfazer. O ponto principal é a
idealização que temos a respeito da vida, como se fosse possível viver num
conto de fadas durante todo o tempo, como se a todo momento tivéssemos que encontrar
àquilo que classificamos como ideal para nós.
E aí surgem os
questionamentos: "Por que quero muito uma coisa e quando consigo, perco o
interesse?", "Por que fulano não é assim?", "Por que eu
consegui o que tanto queria e não me senti como imaginei que me sentiria?",
"Por que 'as pessoas me decepcionam' tanto?", "Por que as coisas
não são como eu quero?"
A psicanálise nos mostra que
quando desejamos alguma coisa estamos buscando algo que nos satisfazia no
passado e que perdemos, e que, a partir do momento que saciamos o nosso desejo
no presente perdemos a vontade de tê-lo e partimos em busca de outra forma de
satisfação futura, ou de outro objeto de desejo com base naquilo que perdemos
ou não temos ainda.
Complicado de entender? Bem,
vamos a parte menos complexa: É importante sabermos que o objeto de desejo
nunca é real, na verdade buscamos neles aquilo que julgamos ideal, aquilo que
esperamos que ele seja para nos satisfazer. Por isso que desvalorizamos o
objeto de desejo assim que ele se torna real, porque enquanto real ele não
consegue mais satisfazer as nossas idealizações e fantasias, enquanto real ele
possui falhas e não tem o dever de corresponder às nossas expectativas. Esse
segundo Freud, é o conflito básico entre o real e o ideal.
Essa reflexão abre um outro
questionamento: Por que muitas pessoas preferem viver as paixões do que entrar
em contato com o amor? A resposta é: Porque enquanto apaixonado o indivíduo
vive em um mundo ideal, enxerga no outro tudo aquilo que deseja para si. Porém
quando é frustrado pelo outro a pessoa apaixonada acaba perdendo o interesse:
"ele não serve para mim", e acaba desistindo da relação.
É por isso que rotineiramente
desistimos daquilo que tanto queríamos, porque quando nos aproximamos do nosso
objeto de desejo percebemos a sua verdadeira forma e julgamos que ele não
poderá satisfazer as nossas expectativas. Ou seja, optamos pela manutenção do
ideal e assim excluímos aquele sonho, aquele desejo, aquela pessoa de nossos
planos porque achamos que eles não possuem a capacidade de nos satisfazer. Mas,
cabe ressaltar que quando não desistimos do nosso objeto de desejo, é muito
comum nessas situações que "obriguemos" aquele objeto a ser conforme
idealizamos, como gostaríamos que fosse. Assim podemos entender os papéis
desempenhados pelos parceiros nos relacionamentos, algo do tipo: "Eu mando
e você obedece", "Eu faço tudo o que você quiser"...
Bem, dessa forma fica mais fácil
compreender que a causa das nossas frustrações corresponde às expectativas -
idealizações que temos sobre as nossas paixões.
Contudo,
para que esses aspectos de idealização, frustração, expectativa e realidade,
sejam elaborados, é necessário identificar de onde eles vem, qual a qualidade
dos afetos, e de que modo eles estão interferindo nas relações interpessoais e
na vida em geral, dentre outros fatores.É importante lembrar sempre que os
indivíduos não correspondem à uma conta matemática simples, cada um possui sua
singularidade, sua história de vida e condições para que se estruture de tal
forma. Para isso é fundamental procurar auxílio psicológico para que o
psicólogo avalie e proponha um projeto terapêutico singular, específico e
adequado para cada indivíduo.
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